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Número de mortos em terremoto no Japão sobe para 200, e mais de 1.000 seguem isolados


Tremor, de magnitude 7,6, atingiu costa oeste do país em 1º de janeiro. Alerta de tsunami com ‘grandes ondas’ chegou a ser ativado. Governo japonês mobilizou tropas de todo o país para ajudar no trabalho de reconstrução. Casas derrubadas em Wajima, no oeste do Japão
REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Subiu para 200 o número de mortos pelo terremoto de magnitude 7,6 que atingiu o Japão no primeiro dia de 2024, disse nesta terça-feira (9) o governo de Ishikawa. Mais de uma semana após o tremor, cerca de 2.000 pessoas estão isoladas por estradas destruídas, também segundo o governo local.
O terremoto atingiu a região, na costa oeste do país, em 1º de janeiro, e gerou um alerta de tsunami que ficou em vigor por cerca de 24 horas. Ondas de mais de um metro de altura foram registradas. Até a manhã de terça-feira, mais de 300 pessoas seguiam desaparecidas.
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A maioria dos desaparecidos é da cidade de Wajima, uma das mais afetadas pelo tremor. A cidade também foi palco de graves incêndios em decorrência do sismo. Segundo o governo japonês, milhares de pessoas seguiam sem água ou energia nesta terça-feira.
Seguido por centenas de tremores secundários, o terremoto também causou milhares de deslizamentos de terra e o desabamento de edifícios e estradas em toda a região.
O tremor foi sentido até Tóquio, a 300 km de distância.
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Também nesta terça, o governo enviou mais de mil militares e bombeiros de diferentes pontos do país para apoiar os esforços de socorro. O foco principal são as buscas sob escombros em Wajima.
Mas a neve que atinge a península de Noto, com temperaturas que não ultrapassaram os 4°C, dificultam os trabalhos.
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O disse no canal de televisão público NHK que é necessário “evitar a todo o custo mortes” entre os deslocados pelo desastre.
Segundo a imprensa local, a situação nos 404 abrigos temporários abertos pelo governo é precária. De acordo com jornais da região, não há água, eletricidade e aquecimento suficientes para os cerca de 29.000 moradores que estão instalados nos abrigos governamentais.
“Quero melhorar as más condições nos abrigos”, disse o governador da província de Ishikawa, Hiroshi Hase,
Pelo menos 18.000 casas na região de Ishikawa seguiam sem eletricidade, e mais de 66.100 não tinham água.
“A primeira prioridade tem sido resgatar as pessoas que estão sob os escombros e chegar às comunidades isoladas”, declarou o primeiro-ministro, Fumio Kishida.
O Japão registra centenas de terremotos todos os anos, e a maioria não causa danos, em função de protocolos rígidos de construção em vigor há mais de quatro décadas. Mas muitas construções do país são antigas, especialmente em comunidades de zonas rurais como Noto.

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