Litoral

Sobe para 7 o número de mulheres assediadas em hospital de SP; técnico em enfermagem foi indiciado


Segundo apurado pelo g1, crimes ocorriam desde 2014. Suspeito continua preso e à disposição da Justiça. Vítimas relatam que foram julgadas por denunciarem abusos de técnico em enfermagem
Reprodução/TV Tribuna
A Polícia Civil conseguiu identificar mais duas mulheres que foram vítimas do técnico em enfermagem de 46 anos denunciado por importunação sexual e estupro de vulnerável em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, ao todo, sete colegas de trabalho foram assediadas pelo suspeito, que está preso desde o início de dezembro. O inquérito foi finalizado e agora segue para apreciação do Ministério Público.
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Inicialmente, as autoridades receberam a informação de que os crimes aconteciam desde 2018, em locais de descanso dos profissionais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Peruíbe. No entanto, outras duas colegas de trabalho dele foram até a polícia após a divulgação do caso, e informaram que foram vítimas dele nos anos de 2014 e 2016.
O suspeito aproveitava quando as mulheres estavam dormindo na sala para passar a mão nas partes íntimas delas, como seios, nádegas e genitais. Conforme apurado pela reportagem, uma das mulheres afirma que estava dormindo e acordou assustada com alguém passando a mão nela. Ao olhar para o lado, percebeu que se tratava do suspeito, mas na hora não sabia se o ato era intencional ou involuntário.
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Logo após o episódio, ela foi trabalhar em outro local, e retornou à unidade só em 2021, quando escutou relatos de outras colegas de que o autor havia feito a mesma coisa nelas. O modo de agir sempre deixava as vítimas com dúvida se o ato havia sido sem querer ou proposital.
Colchões onde profissionais da saúde dormiam e eram acordadas com técnico em enfermagem as tocando
g1 Santos
A outra vítima informou que, na época dos fatos, comentou com colegas da unidade o que havia ocorrido, mas foi orientada a não comentar o que tinha acontecido com ninguém, pois não teria provas, e que isso poderia prejudicá-la.
O g1 tentou localizar o advogado do suspeito, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.
Abuso enquanto dormiam
Sete vítimas foram identificadas, e uma delas relatou que chegou a acordar, por duas vezes, com o homem a tocando. “Acordei com ele passando a mão nas minhas costas, mas quando chegou perto do bumbum, eu acordei e apertei o dedo dele. Falei para ele me respeitar, e ele disse que estava brincando”, disse.
A situação se repetiu alguns meses depois, e conforme o tempo passou, as vítimas foram conversando entre si e notando as semelhanças entre os abusos sexuais: sempre enquanto elas estavam dormindo na sala de descanso dos técnicos em enfermagem, no período noturno. Ele deitava em um local próximo da vítima e se aproveitava do local reservado para tocá-las.
Polícia em Peruíbe investiga denúncias contra técnico em enfermagem por assédio
Ele começou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade após denúncia de uma das enfermeiras. Como as mulheres estavam sempre dormindo nos momentos dos ataques, ele se aproveitava do sono profundo para que elas não resistissem ou pudessem se defender dos atos libidinosos.
A investigação apontou, também, que o técnico teria encostado seu órgão genital nas mãos de uma paciente de 55 anos durante atendimento, mas a Polícia Civil ainda não conseguiu localizá-la. O suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública de Peruíbe, onde permanece preso durante as investigações, que correm sob segredo de Justiça. A Polícia Civil espera que, com a divulgação da prisão, novas vítimas se apresentem e prestem depoimento.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

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