Litoral

Jovem tem 70% do corpo queimado ao usar álcool para cozinhar e aguarda vaga em hospital: ‘grita de dor’


Segundo a mãe da vítima, ela precisa ser transferida a um hospital especializado, mas aguarda vaga há mais de uma semana, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Jovem tem 70% do corpo queimado ao usar álcool para cozinhar e aguarda vaga em hospital de referência
Arquivo Pessoal
Uma jovem de 29 anos sofreu graves queimaduras ao usar álcool enquanto cozinhava em casa, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo a mãe da vítima, ela teve 70% do corpo queimado e precisou ser internada, mas aguarda há mais de uma semana para ser transferida a um hospital de referência.
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De acordo com a mãe da jovem, que prefere não se identificar, a vítima estava em casa com as filhas, na última terça-feira (4), quando ficou sem gás em casa. Por isso, usou álcool para tentar esquentar a comida, mas acabou se ferindo e tendo queimaduras graves.
A mãe lembra que estava trabalhando, junto com o genro, quando eles receberam a notícia de que a jovem havia sido levada ao hospital. “Chegando lá, descobrimos que ela ficou sem gás, e quis fazer comida para as crianças, que estavam com fome. Ela pegou o álcool e foi tentar acender, para esquentar uma panela, mas explodiu nela, e ela começou a queimar. Aí, jogou água para não pegar ainda mais fogo, e um vizinho a socorreu, já bem machucada”.
Ainda de acordo com a mãe, a jovem está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude desde o ocorrido, mas aguarda vaga em um hospital de referência para conseguir tratar as queimaduras graves.
“Agora, ela está pior, porque sofreu o acidente na terça-feira passada, e nesta terça completou sete dias, e ela ainda não conseguiu a vaga. Ela não para de gritar de dor. Minha filha está com queimaduras muito sérias, e precisa ir urgente para um hospital de referência, só que não sai essa vaga, e estamos muito preocupados”, finaliza.
A Prefeitura de Praia Grande informou, por meio de nota, que a paciente segue recebendo todos os cuidados possíveis no Pronto Socorro Quietude, até que sua transferência para um hospital de referência em queimados seja realizada pelo estado, que é o responsável pelo sistema de regulação Cross, onde a paciente está inserida desde o último dia 4.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que o caso está sendo monitorado pela Central de Regulação de Oferta e Serviços da Saúde (Cross), buscando vaga em serviço de referência.
A pasta afirma que a transferência de um paciente não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro clínico estável que permita o deslocamento a outro serviço de saúde, para sua própria segurança.
Segundo a Secretaria de Saúde estadual, a Cross não nega vagas, pois é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência, funcionando 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso.
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