Funcionários da Cetesb entram em greve na Baixada Santista e Vale do Ribeira por falta de reajuste salarial

Decisão foi aprovada, por unanimidade, durante assembleia virtual realizada pelo Sindicado dos Urbanitários. Em nota, Cetesb afirmou que mantém diálogo aberto e transparente com os sindicatos representativos da categoria na busca de um consenso e solução. Funcionários da Cetesb entram em greve na Baixada Santista e Vale do Ribeira, após dois anos sem reajuste salarial
Sindicato dos Urbanitários/Divulgação
Cerca de 60 trabalhadores da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e do Vale do Ribeira, no interior paulista, estão em greve por tempo indeterminado desde quarta-feira (12). A decisão foi aprovada, por unanimidade, durante assembleia virtual realizada pelo Sindicado dos Urbanitários (Sintius), na última terça-feira (11).
Segundo o diretor e secretário de Comunicação do Sintius, Márcio Roberto da Costa, a Cetesb não cumpriu, até o momento, com as sentenças judiciais dos dissídios coletivos de 2020 e 2021, que determinam o pagamento da recomposição dos salários com índices inflacionários do período.
“Como ela não cumpriu essas determinações judiciais, os trabalhadores estão fazendo a greve para sensibilizar a empresa e o governo do Estado ao cumprimento, [para] receberem esses valores que são direitos assegurados pela Justiça”, disse ele.
Costa explicou que a sentença do dissídio de 2020 saiu em setembro de 2021. Já a sentença do dissídio de 2021 saiu em novembro do mesmo ano. “Se a gente for razoável, desde novembro a empresa deveria estar aplicando os dois reajustes e até agora não fez isso. A última vez que eles tiveram reajuste foi em 2019”.
Ele enfatizou que adesão pela greve foi unânime e cerca de 60 funcionários da Cetesb atuam na região. Os serviços essenciais e o plantão para emergências estão mantidos. Já o setor administrativo e o atendimento ao público está suspenso.
Por meio de nota, a diretoria do Sindicato disse que a demora para cumprir as decisões da Justiça são inaceitáveis e prejudicam diretamente os companheiros, que “não escondem a insatisfação com a situação por estarem sem reajustes desde 2019”.
Ainda de acordo com o Sindicato, a inflação aferida ao dissídio de 2020 é de 2,6% e a de 2021 é de 7,81%, totalizando 10,61% de correções a serem realizadas pela empresa ao salário dos trabalhadores da categoria.
Posicionamento
Em nota, a Cetesb afirmou que a direção mantém diálogo aberto e transparente com os sindicatos representativos da categoria na busca de um consenso e solução, mesmo diante de um quadro de restrições financeiras, vivido durante os últimos dois anos, por conta da pandemia.
A Companhia afirmou que, mesmo com toda a dificuldade enfrentada, honrou o pagamento mensal integral dos salários e dos benefícios dos colaboradores e que está empregando todos os esforços necessários para resolver a questão.
Ainda de acordo com a Cetesb, os serviços essenciais mantidos pela companhia como monitoramento da qualidade do ar, das praias, serviços de laboratório e atendimento aos acidentes ambientais seguem normalmente e não sofrerão interrupção.
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