Após mais de 1 ano de tratamento, adolescente que ‘corria contra o tempo’ vence câncer raro: ‘não perdeu a fé’

Rebeca Guimarães, de 15 anos, recebeu diagnóstico de linfoma em 2020, mas já apresentava sintomas desde maio de 2019. Rebeca passou por mais de um ano de tratamento contra linfoma raro
Arquivo Pessoal
A adolescente Rebeca Guimarães Macedo, de 15 anos, lutou muito para conseguir vencer um câncer raro que tratava há mais de um ano. Entre a pandemia de Covid-19, cujo vírus a infectou também, e várias sessões de quimioterapia, a menina ganhou a “corrida contra o tempo” e recebeu a notícia de que a doença finalmente entrou em remissão (sem resíduo do câncer no corpo).
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Moradora de Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, Rebeca levou dez meses para descobrir que tinha um linfoma anaplásico não-Hodgkin de grandes células T, que corresponde a apenas 3% de todos os linfomas existentes, e geralmente acomete pessoas acima de 60 anos, conforme explicou ao g1 o hematologista Breno Gusmão.
A suspeita começou com um caroço no pescoço da menina, que chegou a levar os médicos a suspeitarem de caxumba. Após biópsia, veio a confirmação de que a massa que havia no pescoço dela era um tumor maligno, conforme conta a mãe, Priscila Marinho Guimarães Macedo. “A partir daí, começamos a correr contra o tempo”.
Após mais de 1 ano de tratamento, adolescente que ‘corria contra o tempo’ venceu câncer raro
Arquivo Pessoal
Os sintomas desse tipo de câncer são aumento dos gânglios linfáticos (carocinhos), em especial no pescoço, axilas e virilha; suor noturno excessivo; perda repentina de peso; febre noturna e falta de apetite, entre outros. O especialista esclarece que o diagnóstico é rápido, a partir dos exames realizados, no entanto, o que pode dificultar é o acesso ao atendimento especializado.
A partir do diagnóstico, a menina começou tratamento no Hospital do Graacc, em São Paulo. “Os médicos fizeram uma programação de oito ciclos de quimioterapia, com sessões cinco vezes na semana”, explica Priscila. Durante esse período, ela ainda teve que parar as sessões, pois contraiu Covid-19. “Ela não tinha contato com ninguém, mas pegou dentro do hospital”, afirma a mãe.
Durante todo o tratamento, Rebeca contou com a ajuda de profissionais interdisciplinares, que a ajudaram a superar cada uma das etapas, incluindo quando ela viu colegas oncológicos morrendo por causa da mesma doença. Depois de mais de um ano de tratamento, ela recebeu a notícia de que venceu o câncer, e que está saudável novamente.
“Foi muito difícil, mas ela nunca perdeu a fé. Sempre orava no hospital, tinha um propósito. Seremos eternamente gratos por tudo o que fizeram por nós durante o tratamento dela”, finaliza a mãe.
Após mais de 1 ano de tratamento, adolescente que ‘corria contra o tempo’ venceu câncer raro
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