Litoral

Funcionários de ônibus municipais de São Vicente retomam greve e operam com frota parcial


Trabalhadores cumprem decisão judicial, que determina operação com 60% dos ônibus circulando durante o dia, e 100% nos horários de pico. Funcionários do transporte público em São Vicente retomam greve e voltam a operar com frota reduzida
Matheus Croce/g1
Os motoristas do transporte público de São Vicente, no litoral de São Paulo, iniciaram uma nova greve nesta terça-feira (1º) por causa de salário e benefícios, que estão atrasados. Com isso, os funcionários operam com apenas 60% dos ônibus circulando durante o dia, e 100% nos horários de pico, segundo determinação judicial. A última paralisação no serviço foi encerrada em 21 de janeiro após uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod), José Alberto Torres Simões, o juiz havia solicitado que os funcionários aguardassem até 31 de janeiro, que seria o dia do pagamento do salário, vale-refeição, cesta básica e plano de saúde. Porém, como a empresa não honrou com o acordo, eles retornaram para a greve.
“Voltamos a cumprir a liminar, voltamos ao movimento de greve, que estava suspenso com cláusula de paz até a data de ontem”, disse Simões.
De acordo com a categoria, os atrasos são relacionados ao pagamento de salário, vale-refeição, cesta básica, plano de saúde referentes ao mês de janeiro, além de PLR, férias e horas extras do ano passado.
“Inclusive, esses vencimentos retroativos do ano passado ontem [segunda-feira] foram negociados com a empresa e ela se comprometeu a no dia 25 de fevereiro começar a pagar em 6 parcelas, mas o trabalhador não acredita mais que isso seja feito porque nem o salário ela consegue pagar”.
O g1 entrou em contato com a Otrantur, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Greves anteriores
O serviço foi paralisado parcialmente em 10 de janeiro quando os motoristas se recusaram a sair da garagem no início da manhã. No entanto, o trabalho foi retomado após a promessa da empresa de cumprir com as reinvindicações dos trabalhadores.
Já no dia 19, os motoristas e funcionários da empresa iniciaram uma paralisação parcial por conta de salários e benefícios atrasados desde dezembro. Por determinação judicial, 60% dos ônibus circularam durante o dia, e 100% nos horários de pico sob pena de multa.
Em uma audiência realizada em 21 de janeiro, representantes da empresa, da prefeitura e do sindicato definiram que as partes devem se reunir para discussão e elaboração do pagamento dos benefícios e salários atrasados. Além disso, foi decidido, também, que o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod) ficasse em estado de greve até 31 de janeiro.
Conforme definido também na audiência, em caso de descumprimento de todos os pontos apresentados para resolver a situação dos motoristas, o sindicato podia requerer esses direitos após a data limite determinada.
Na data, a Otrantur confirmou ao g1 a suspensão da greve, e que o estado de greve permanece, podendo ser deflagrada a qualquer momento, caso a empresa não cumpra com os pagamentos até o próximo dia 31. A concessionária afirma que acredita que não ocorrerá nenhum problema com relação a cumprir com os pagamentos dentro da data prevista, após o apoio da prefeitura.
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