Donos de fábrica clandestina de palmito são multados em mais de R$ 800 mil no interior de SP

Segundo a Polícia Ambiental, fábrica estava em péssimas condições de higiene, e armazenava mais de 850 potes do produto. Fábrica ilegal de palmito juçara funcionava nos fundos de uma residência em Juquiá, SP
Divulgação/Polícia Militar Ambiental
Uma fábrica clandestina de palmito foi encontrada por uma equipe da Polícia Militar Ambiental em Juquiá, no interior de São Paulo, na última terça-feira (1º). A dona do imóvel e o marido dela, que estavam no local no momento da abordagem, foram multados em mais de R$ 880 mil.
Segundo a PM Ambiental, uma equipe realizava patrulhamento pelo bairro Piúva, quando passou em frente a um imóvel que já havia sido interditado pelo funcionamento de uma fábrica ilegal de palmito anteriormente. As autoridades sentiram o cheiro de palmito fervido e resolveram verificar.
Quando entraram no imóvel, os policiais encontraram um homem que, assim que percebeu a chegada da equipe, fugiu do local. Os agentes, então, começaram a vistoria pela área externa. Pela janela, foi possível ver palmitos em conserva armazenados nos quartos e empilhados em caixas. Nos fundos da propriedade, foi encontrada uma pequena fábrica clandestina de palmito juçara, cuja árvore produtora se encontra em ameaça de extinção.
Segundo a polícia, o local apresentava diversas irregularidades, não tinha água tratada e estava em péssimas condições de higiene. Os policiais conseguiram entrar em contato com a proprietária do local, que afirmou ser a responsável pela fabricação do palmito. Ela ainda disse que o homem que estava no imóvel, e fugiu dos agentes, era seu marido e morava na fábrica.
Foram apreendidas 270 hastes de palmito juçara in natura na fábrica clandestina em Juquiá, SP
Divulgação/Polícia Militar Ambiental
Foram encontradas 270 hastes de palmito juçara in natura e 766 vidros de palmito juçara industrializado, totalizando 744,6 kg. Também foram localizados 84 vidros de palmito pupunha, com 151,2 kg do alimento.
A polícia ainda apreendeu materiais e objetos utilizados na fabricação e armazenamento do palmito, sendo 374 tampas com litografia – impressão que deve estar presente na embalagem destes alimentos, 383 tampas sem litografia e 257 vidros vazios. Além disso, foram localizados um picador de madeira, dois picadores de metal, 22 pacotes de sal com um 1 kg cada, um botijão de gás, um fogareiro, uma faca de cozinha, três tambores de plástico de 22 litros e dois caldeirões de inox.
Os produtos foram encaminhados para o distrito policial local, onde o caso foi registrado como apreensão de produtos ambientais sem licença de venda. Segundo a Polícia Ambiental, os palmitos industrializados foram encaminhados à perícia e serão destruídos. Já os palmitos in natura serão direcionados para instituições sem fins lucrativos.
Os responsáveis pelo local foram multados em R$ 440.280 cada, por industrializarem de forma clandestina um subproduto florestal.
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