Irmã fala em ‘família destruída’ após jovem ser morto em SP: ‘não foram humanos’

Segundo a Polícia Militar, veículo atingiu o jovem motociclista na contramão, em Santos (SP). Wesley Dias, de 24 anos, morreu após ser atropelado por carro na contramão com motorista embriagado
Arquivo Pessoal
A família de Wesley Dias, de 24 anos, que morreu após ser atropelado por um carro dirigido por um motorista embriagado que o atingiu na contramão em uma avenida de Santos, no litoral de São Paulo, pede justiça, já que acredita que o caso pode acabar ‘caindo no esquecimento’.
O caso ocorreu na noite de quarta-feira (9). Emocionada, a irmã da vítima, Sirley Dias, de 28 anos, disse ao g1 nesta sexta-feira (11) que a família não se conforma com o ocorrido. “Meu medo é que isso caia por terra. Não vou deixar isso impune”, afirma.
Sirley revela que o irmão havia saído do trabalho e estava indo para a faculdade, de moto, quando foi atingido. Conforme relata, o motorista que o atropelou não prestou socorro e fugiu após o acidente. O condutor, porém, foi preso em flagrante por homicídio culposo.
“Quero que ele [irmão] seja lembrado, que isso não seja esquecido, e que quem foi preso permaneça preso”, diz.
Segundo a família, jovem tinha como hobbie andar de moto
Arquivo Pessoal
Sirley contou ao g1 que um dos hobbies de Wesley era justamente andar de moto. Ela lembra que o irmão vivia a vida dos sonhos, e havia conquistado tudo o que desejava. “Ele lutou muito. Comprou a moto dele, conquistou a faculdade dos sonhos, e tinha a vida que ele queria”.
A irmã afirma ter se sentido confortada pelo fato de o irmão “não ter sofrido”, já que veio a óbito no local, logo após o impacto. Entretanto, Sirley revela que a dupla envolvida na morte do irmão causou grandes impactos. “Não acabaram com uma vida, destruíram uma família inteira. Minha família está despedaçada”, conta.
Sirley diz estar angustiada com a situação, além de muito triste. “O pior de tudo foi eles não terem sido humanos o suficiente para socorrerem meu irmão, e fugido”. Segundo a Polícia Militar, o motorista do carro e o acompanhante estavam embriagados e fizeram uso de drogas.
“Meu medo é que isso caia por terra e que a justiça não seja feita”, desabafa.
Motociclista foi a óbito após colisão na Avenida Perimetral, em Santos, SP
g1 Santos
Responsabilidade
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), em nota, informou ao g1 que o jovem que dirigia o carro tem 25 anos, e omitiu socorro. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo. Segundo a Polícia Militar, o condutor permanece detido e à disposição da Justiça. O acompanhante foi ouvido e liberado.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, que solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML), sendo constatada a presença de substância psicoativa em ambos os envolvidos.
Conforme o boletim de ocorrência, o crime de homicídio culposo na direção de veículo pode ter a pena aumentada em até três vezes, caso haja omissão de socorro e resulte em morte, como é o caso.
Motorista apresentou sinais de embriaguez e teste apontou uso de drogas após acidente em Santos, SP
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