Estudante se emociona ao reencontrar assistente social que ajudou em sua adoção há 23 anos

Após tantos anos, as duas se reencontraram no mesmo hospital onde tudo começou, em Santos (SP). Quando estudante começou a fazer estágio no mesmo local onde nasceu, foi procurar pela assistente social
Divulgação/PMS
Uma estudante de enfermagem teve um reencontro emocionante com a assistente social que intermediou a sua adoção há 23 anos, em Santos, no litoral de São Paulo. O encontro aconteceu no Hospital e Maternidade Silvério Fontes, onde a estudante nasceu e agora faz estágio da faculdade.
Ao g1, Esther dos Santos, de 23 anos, contou que foi dada para a adoção assim que nasceu de forma prematura, em 19 de março de 1999. Segundo ela, os pais adotivos estavam na fila de adoção desde 1997, e esperavam conseguir uma criança recém-nascida.
“Quando minha mãe foi me conhecer, eu era muito pequena, já que nasci de sete meses. A Adriana se ofereceu para fazer um ‘intensivão’ de como cuidar de mim, como dar leite, banho, etc”, relata.
Segundo a assistente social do Hospital e Maternidade Silvério Fontes, Adriana Novelli, ela estava responsável por fazer a conexão entre a criança que seria adotada e os pais adotivos. “A Esther foi para a adoção assim que nasceu. Me encaminharam ao casal que tinha interesse em adotar, e a mãe adotiva levantou a Esther nos braços e já queria levar ela, mas a bebê, como era muito pequena, ficou com receio”, relata.
Depois da adoção, Adriana ficou amiga da mãe de Ester por uma rede social, mas até entã,o nunca mais haviam se falado
Arquivo Pessoal
A mãe adotiva de Esther precisou permanecer no hospital por algum tempo, para ter “aulas” com a equipe de enfermagem sobre como cuidar do bebê. “Eu autorizei tudo, e então, passamos um tempo com ela na UTI neonatal. Ela entrava todos os dias às 7h e saía às 19h”, afirma a assistente social.
Depois da adoção, Adriana ficou amiga da mãe de Ester por uma rede social, mas até então nunca mais haviam se falado.
Aos 12 anos, Esther decidiu que procuraria sua mãe biológica e a assistente social que havia ajudado a sua família. “Eu queria conhecer ela e o hospital em que nasci. Na época, eu estava procurando minha mãe biológica, mas descobri que ela morreu dois meses antes”, afirma.
No ano passado, a estudante chegou a tentar reencontrar Adriana. “Cheguei a ir ao hospital, e sabia que ela trabalhava lá. Mandei mensagem pelo Facebook, mas ela disse que não estaria trabalhando no dia”, lembra Esther.
Em fevereiro deste ano, quando a estudante começou a fazer estágio no mesmo local onde nasceu, ela foi procurar novamente pela assistente social. “No meu primeiro dia de estágio, fui procurar por ela. Como ela não estava, voltei para o meu setor. Pouco tempo depois, uma enfermeira a levou de surpresa até o meu setor. Todo mundo chorou e se emocionou”, conta a estudante.
Adriana afirma que, após tanto tempo, não esperava mais encontrar a menina. “Ela veio me procurar agora, e quando eu a vi, não aguentei. Contei a história para todo mundo, e ninguém esperava esse reencontro”, diz.
“Foi muito emocionante ver a Adriana, depois de tudo o que aconteceu. Ela se tornou uma das mulheres mais importantes da minha vida”, finaliza Esther.
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