Polícia Civil descobre escritório de golpes eletrônicos em São Vicente, SP

No local, foram apreendidas mais de 10 máquinas leitoras de cartão e dezenas de cartões bancários. Investigação da Polícia Civil descobre escritório de crimes eletrônicos em São Vicente, no litoral de SP.
Divulgação/ Polícia Civil
Um escritório utilizado por uma organização criminosa para a prática de estelionato foi identificado nesta sexta-feira (11) em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, os integrantes da quadrilha criavam links para roubar informações bancárias de usuários, comprar créditos e outros benefícios em seus nomes.
Os policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC de Santos investigavam há meses pessoas envolvidas em atividades voltadas a crimes patrimoniais em meios digitais.
Os agentes cumpriram, na manhã desta sexta-feira, um mandado de busca e apreensão em um terreno localizado na Rua Alípio Ferraz, no bairro Cidade Náutica, em São Vicente. No local, eles encontraram duas casas térreas e um pequeno imóvel que, a princípio, foi construído para funcionar com uma hamburgueria, nos fundos do terreno.
Um homem de 43 anos afirmou ser o morador de uma das casas e permitiu a entrada dos policiais. Durante as buscas no imóvel, os policiais encontraram cartões bancários, em nomes de diversas pessoas, folhas de anotações, máquinas de cartão e aparelhos celulares.
O morador disse à polícia que as máquinas de cartão seriam de uso da hamburgueria e os demais objetos seriam de outra pessoa, mas não quis informar a quem pertenciam.
A hamburgueria, segundo os policiais, aparentava estar desativada há algum tempo. No imóvel, foi identificado um escritório, onde foram recolhidos computadores e cerca de 15 máquinas leitoras de cartão.
No local, também havia uma placa contendo 40 terminais de modem conectados a entradas USB, responsáveis por disparar mensagens de SMS para celulares de vítimas. Nas mensagens, haviam links. Se o usuário entrasse nas páginas, elas capturavam informações bancárias que seriam utilizadas em golpes.
Os 192 objetos apreendidos foram enviados ao Instituto de Criminalística, dentre eles, uma réplica de uma arma de fogo. A expectativa é que nos objetos eletrônicos possa ajudar a polícia a comprovar as práticas ilícitas a identificar dos autores dos crimes, o mapeamento de possíveis vítimas e a encontrar novas provas que contribuam com as investigações.
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