Litoral

Moradores de CDHU de Santos, SP, reclamam de estrutura precária e pisos trincados


CDHU afirma que já abriu processo judicial contra a construtora devido à demora nos atendimentos dos moradores. Moradoras de CDHU do Jd São Manoel, em Santos, reclamam de estrutura precária.
Reprodução/ Google Maps
Moradores da CDHU do ‘Condomínio Santos O’, no Jardim São Manoel, em Santos, no litoral de São Paulo, reclamam que há cerca de um ano tem aparecido trincas no piso e rachaduras nas paredes de seus apartamentos. Eles afirmaram ao g1 que durante esse tempo realizaram diversas reclamações, porém, não houve qualquer ação da CDHU.
A doméstica Vivian dos Santos, de 34 anos, relatou que mora no Lote 2 – bloco A do prédio, localizado na rua João Carlos de Azevedo, há cerca de dois anos. “A obra foi mal feita, sem rejunte e colada a seco, quase sem massa alguma”.
Segundo ela, as trincas nos azulejos do chão apresentam uma altura de 10 cm nas rachaduras
Arquivo Pessoal
Segundo ela, as trincas nos azulejos do chão apresentam uma altura de 10 cm nas rachaduras. Há seis meses ela solicitou ajuda para a CDHU, mas ela afirma que o protocolo dito seria aguardar até que uma equipe fosse vistoriar e reformar o local. “Já vai dar um ano que a situação está desse jeito e até agora nada”.
Vivian mora com seus dois filhos, sendo que um deles é deficiente, além de dois animais de estimação, e teme pelo bem estar deles. “A gente paga conta, tudo direitinho e meu filho corre risco de se machucar”.
Segundo ela, as trincas nos azulejos do chão apresentam uma altura de 10 cm nas rachaduras
Arquivo Pessoal
Ela ainda afirma que a estrutura do predo está torta após um incêndio ocorrido no local em 2020. “O prédio está todo, dá a impressão a estrutura pode ceder. Vim para cá pensando estar vivendo um sonho encantado e me deparei com esse pesadelo”, diz.
O motorista Lucio de Almeida, de 34 anos, conta que sua filha de 11 anos por pouco escapou de se cortar com os azulejos quebrados. “Ela pisou no quarto dela, o piso estava oco e estufou, o azulejo quebrou assim que ela colocou o pé, quase que cortou ela”.
Lucio mora no apartamento da CDHU há um ano e afirma que os azulejos foram mal colocados e a obra do apartamento foi “maquiada”. ” Eu e minha esposa acordamos no meio da noite com um estouro, achando que o prédio estava caindo e quando fomos ver era o piso soltando como se fosse um trilha”, conta.
Moradores de condomínio da CDHU do Jd. São Manoel, em Santos, reclamam de estrutura precária.
Arquivo Pessoal
Os azulejos da sala, quarto e cozinha de Lucio estão trincados e se soltando. “Quando olhei por baixo dos pisos trincados, nem argamassa tinha”. Ele afirma que seu apartamento também apresenta diversos picos de infiltração, além de tremer, quando passam carretas próximo ao condomínio.
“Toda vez que caminhões e ônibus passam na Anchieta o prédio acaba trepidando. Já trabalhei em uma empresa de compactação de solo e uma vez até cheguei a cavar o solo e vi que era completamente úmido, provavelmente por causa do rio Casqueiro que passa aqui atrás”, afirma
Ele conta que já pensou em reformar o apartamento, mas que no momento o custo é alto e não possui condições de cobrir o valor.
Já a operadora de gate, Jayne Lima, de 27 anos, conta que seu piso está estufado em toda a casa. “Se jogar uma água para limpar a casa infiltra e o piso fica preto. Sem contar as infiltrações na parede em alguns cômodos”.
Ela conta a mesma história, diversas reclamações feitas, mas nenhum retorno.
Arquivo Pessoal
Ela afirma que, assim como os outros moradora, foram feitas diversas reclamações, mas não teve nenhum retorno. “Não resolveram nada nem deram alguma explicação ou resposta para nós moradores. Eu tenho uma criança de quatro anos e tenho medo do piso quebrar ou soltar de vez e ele acabar se machucando”, disse.
A CDHU
Em nota, a CDHU de Santos informou que as reclamações efetuadas pelos moradores estão sendo cadastradas e enviadas para a construtora para resolução. Ao mesmo tempo, a CDHU já abriu processo judicial contra a construtora em razão da demora no atendimento das reclamações pendentes.  
Em relação ao incêndio ocorrido no bloco B, a certidão do Corpo de Bombeiros indica que a provável causa foi uma falha em equipamento elétrico, sem relação com problemas construtivos. Na ocasião, o apartamento atingido foi atendido pela empresa de seguro.
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