Economia

Dólar avança e fecha a R$ 4,94, com alta nas projeções para inflação e expectativa pelo PIB; Ibovespa cai


A moeda norte-americana subiu 1,38%, cotada a R$ 4,9481, no maior patamar em quase um mês. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 1,08%, aos 126.803 pontos. Dólar opera em alta
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O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (4), na medida em que investidores repercutiam as novas projeções do Boletim Focus e seguiam na expectativa pela divulgação de dados importantes ao longo da semana, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
O mercado ainda aguarda números de emprego nos Estados Unidos e monitora eventuais sinais sobre o quadro de juros na maior economia do mundo.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, por sua vez, encerrou em queda.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 1,38%, cotado a R$ 4,9481, no maior patamar em quase um mês. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (1°), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,70%, vendida a R$ 4,8807. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
alta de 1,38% na semana;
avanço de 0,67% no mês;
queda de 6,25% no ano.

Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 1,08%, aos 126.803 pontos.
Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 0,67%, aos 128.185 pontos e renovou o maior patamar desde julho de 2021. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
queda de 1,08% na semana;
retração de 0,41% no mês;
ganhos de 15,56% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques na agenda desta segunda-feira, os investidores mais uma vez começaram a semana de olho no Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil.
Nesta edição, houve uma alta nas projeções para inflação, com a previsão de 2023 indo de 4,53% há uma semana para 4,54% — ainda dentro do intervalo da meta estabelecida pelo BC, que vai de 1,75% a 4,75%.
Já para 2024, as expectativas saíram de 3,91% para 3,92%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Entre os indicadores, o mercado ainda aguarda a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã. O resultado, explicam especialistas, trará uma perspectiva de como anda a economia brasileira em meio ao elevado nível dos juros básicos no país — a Selic atualmente está em 12,25% ao ano.
LEIA MAIS: Mercado financeiro eleva estimativa de inflação para 2023 e 2024
Já no cenário internacional, a semana é marcada por uma série de divulgações sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Esses dados são importantes porque ajudam a direcionar as apostas sobre os próximos passos na política monetária por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Se o mercado continua muito aquecido, a tendência é que a inflação também continue pressionada e, por isso, o Fed pode demorar mais tempo para iniciar o ciclo de corte nas taxas de juros da maior economia do mundo.
Nesse cenário, o discurso que o presidente da instituição, Jerome Powell, deu na última sexta-feira também fica no radar. Durante um evento, o banqueiro central afirmou que ainda é cedo para iniciar um ciclo de cortes de juros nos EUA ou para dizer que a política monetária está suficientemente restritiva.

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