Mulher diz que foi golpeada na cabeça com cassetete por agente de segurança em SP: ‘fez para matar’

Prefeitura de Guarujá (SP) alega que vai apurar os fatos, e que, até lá, oficial ficará afastado de suas funções. Mulher afirma que foi golpeada com cassetete por agente da Força Tarefa de Guarujá, SP
g1 Santos
Uma mulher de 52 anos afirma que foi agredida por um agente da Força Tarefa de Guarujá, no litoral de São Paulo, durante o feriado de Páscoa, no domingo (17). De acordo com o relato da suposta vítima, o homem a empurrou e, após ter a conduta repreendida por ela, golpeou sua cabeça com um cassetete. Ao g1, a prefeitura alega que vai apurar os fatos, e que o oficial ficará afastado de suas funções até que o caso seja solucionado.
A empregada doméstica Rosemere Lourenço da Silva diz que a confusão começou por conta da “brutalidade” na abordagem por parte dos agentes. Uma equipe da corporação se deslocou até o bairro Morrinhos, onde mora a família da suposta vítima, após receber uma denúncia de “som abusivo” em uma residência, segundo a administração – a mulher afirma que apenas celebrava a data com familiares e amigos em um churrasco.
“À reportagem, a filha de Rosemere, a atendente de farmácia Beatriz Barbosa da Silva, contou que os agentes “já chegaram nervosos”. O pai dela, que não teve o nome divulgado, os atendeu dizendo que não poderia desligar o aparelho de som, pois não tinha o controle, mas que diminuiria o volume da música. “Começaram com a ignorância, dizendo que partiriam para a agressão. Ele respondeu que não precisava disso, e foi quando a minha mãe entrou no meio”.
Rosemere alega que “apenas tentou tirar seu marido da confusão, e pediu que os agentes não agissem com brutalidade”. Ela ainda afirma que, antes mesmo da agressão, os oficiais puxavam cassetetes, pegavam em armas e os ameaçavam.
“Disse que eles não estudaram para agir daquela forma, que não deveriam estar soltos na rua agredindo as pessoas daquele jeito, foi quando um me deu um empurrão. Eu cheguei perto dele e disse que ele não tinha o direito de me empurrar. Ele respondeu ‘ah, não tenho não?’, e bateu na minha cabeça com toda a força. Não fez só para machucar, fez para matar”, relata a empregada doméstica.
Suposta vítima alega que levou oito pontos na cabeça após agressão em Guarujá, SP
g1 Santos
O sangramento em sua cabeça começou, e de acordo com a família, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a conduziu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Matheus Santamaria – a UPA Rodoviária -, onde levou oito pontos. Um boletim de ocorrência foi registrado pela mulher na Delegacia Sede de Guarujá.
O que diz a prefeitura
Ao g1, a prefeitura informou que a Superintendência de Força Tarefa e Contenção de Invasões recebeu a denúncia sobre um local com histórico de perturbação do sossego. “Foi constatado o som abusivo e determinada a apreensão da caixa”.
A prefeitura acrescenta que os acontecimentos narrados pela denunciante não condizem com os balizamentos éticos e legais defendidos pela Secretaria Municipal de Defesa e Convivência Social (Sedecon), e que serão alvo de procedimento disciplinar para apuração dos fatos, já instaurado pela Corregedoria da Guarda Municipal.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos