Universitários de Santos criam brinquedo sensorial para crianças com deficiências

Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo relatam a experiência de participar do projeto. Estudantes de Arquitetura e Urbanismo criaram brinquedo sensorial voltado a crianças com deficiência em apenas uma semana
Arquivo Pessoal/ Camila Garcia
Três universitários de Santos, no litoral de São Paulo, desenvolveram um brinquedo sensorial voltado a crianças deficientes visuais, com dificuldades de coordenação motora e com autismo. A produção faz parte de uma disciplina do curso de Arquitetura e Urbanismo de uma universidade privada. De acordo com a professora e coordenadora Camila Garcia Aguilera, o resultado final é algo gratificante e que acrescenta à sociedade. “É ótimo unir conhecimento com ação social. A gente vai poder melhorar a vida desses pequenos”, diz.
Serão produzidas e doadas 20 unidades. Mariana Nunes, uma das alunas do grupo, afirma que este trabalho é um dos projetos mais lindos que ela pôde participar na universidade.
O objeto é fabricado a partir de uma caixa com bolinhas de gude, que ficam presas para não ter o perigo de a criança engolir. No fundo dessa caixa, existem “caminhos” e, durante o percurso, esses caminhos vão mudando, assim como as texturas por onde a bolinha passa – algumas são ásperas e outras aveludadas. Tudo isso para ativar a coordenação motora e o tato do indivíduo.
Serão produzidas e doadas 20 unidades de brinquedos sensoriais para crianças com deficiências
Arquivo Pessoal/ Camila Garcia
Giovanni Levy, de 22 anos, também integrante do grupo, ficou surpreso em poder acrescentar técnica e humanismo ao trabalho. Desde o início da semana, ele conta que todos têm se dedicado muito ao projeto. “Foi incrível desenvolver essa atividade que reúne prática e algo lúdico. Acho que mandamos muito bem”.
Mauro Fernandes Corrêa faz parte do time que trabalhou para tornar o projeto viável. Ele desenvolveu as peças nos softwares e realizou a impressão 2D em corte a laser. Agora, não vê a hora de doar as unidades às crianças com deficiência. “Que possamos servir de inspiração”, finaliza.
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