Mulher morta por bala perdida em tiroteio em SP segurava a mão do marido ao ser atingida: ‘cuidou de mim até na hora da morte’.

Sequência de crimes aconteceu no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. Mulher é atingida por disparos em tiroteio em Guarujá e morre no local
O marido da vítima de bala perdida em troca de tiros entre bandidos e policiais militares em Guarujá, no litoral de São Paulo, segurava a mão da mulher quando ela foi atingida. “Quando olhei a viatura vindo do lado esquerdo, ela pegou a minha mão, puxou, foi caindo e ali ficou”, conta emocionado o portuário José Eriberto da Silva, em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo.
O tiroteio aconteceu na tarde de sexta-feira (6) perto da Praça 14 Bis, no distrito de Vicente de Carvalho. Após assaltarem o mercado Extra, quatro criminosos fugiram e, enquanto eram perseguidos por policiais militares, iniciaram o confronto. Todos os bandidos foram presos.
Ana Madrona, de 48 anos, chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas morreu no local.
Ela cuidou de mim até na hora da morte
Embora tenha presenciado a troca de tiros entre os agentes e os criminosos, o portuário não soube dizer a origem do disparo que atingiu sua companheira. “Não posso mentir para ninguém, pois não vi. Nós só escutamos os tiros, ela puxou o meu braço e falou: amor, está tendo tiroteio”.
Ana Madrona e José Eriberto da Silva estavam juntos há aproximadamente 30 anos
Arquivo pessoal
Família
Ambos estavam juntos há aproximadamente 30 anos. Segundo o portuário, Ana Madrona deixa dois filhos de outro relacionamento. Ele, por sua vez, é pai de três, e conta que todos estão abalados com a morte. “Não só eu estou sofrendo, mas também as irmãs dela e os nossos filhos”.
José Eriberto da Silva afirma que vai dar sequência em todos os planos que fez com a companheira. “É doloroso, mas creio também na justiça de Deus. O homem pode ser falho, mas Ele não falha não. Vou me apoiar Nele daqui pra frente. Quero dar continuidade em tudo que planejamos antes”.
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