
Embarcação atracou na tarde de segunda-feira (8) no cais santista. Os 19 tripulantes foram avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Navio MV Captain John P aguarda para atracar no Porto de Santos
Robert Alves/Marine Traffic
O navio cargueiro MV Captain John P passou por inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Vigilância Epidemiológica, após atracar no Porto de Santos, litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (8). A ação teve o objetivo de avaliar a situação de saúde dos 19 tripulantes que estão a bordo, após a embarcação constatar três casos suspeitos de varíola dos macacos.
A Anvisa determinou a limpeza e a desinfecção total da embarcação. Com a conclusão dos serviços, o navio poderá operar normalmente no cais santista. Segundo a Agência Nacional, o protocolo vigente não prevê indicação de quarentena para embarcações com casos de varíola dos macacos.
O navio tem bandeira do Chipre e veio do porto de San Lorenzo, na Argentina. A Santos Port Authority (SPA), a autoridade portuária, foi notificada sobre a situação a bordo, por meio da Anvisa, na última quinta-feira (4). O navio foi impedido de atracar no cais santista e ficou na área de fundeio, afastado da costa, aguardando autorização.
Dois tripulantes desembarcaram em Santos com suspeita da doença. Na sexta-feira (5), mais um profissional deixou o navio com sintomas. Os três apresentavam erupções cutâneas no corpo e foram encaminhados ao hospital – a unidade não foi informada.
A divulgação dos resultados laboratoriais e a situação de todos os casos suspeitos está no controle da Vigilância Epidemiológica de Santos, que ainda não informou o estado de saúde dos tripulantes.
Risco de infecção
O infectologista Evaldo Stanislau em entrevista ao g1 Santos comentou que os casos a bordo do cargueiro MV Captain John P, vindo do porto de San Lorenzo, na Argentina, não representam riscos à população. Dentro do navio, foram adotadas medidas de proteção como o isolamento da tripulação.
“Não vejo esses casos suspeitos como um risco adicional à nossa região. É um alerta para a população tomar os cuidados pessoais necessários”, explica o médico.
Algumas medidas são importantes para diminuir o risco de infecção ou evitar a transmissão do vírus. Entre elas, o médico cita que deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas ou com suspeita da doença, bem como o compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas.
Também existe a orientação para manter o uso de máscaras, superfícies limpas e higienizadas, assim como as mãos lavadas constantemente.
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