
Policiais estiveram na casa do do prefeito Ademário Oliveira e no Paço Municipal. Operação Rio da Serra também cumpriu mandados de busca e apreensão em Santos e em São Paulo. Foto da operação Rio da Serra realizada nesta quinta-feira (11)
Polícia Federal
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Rio da Serra para investigar o desvio de recursos destinados à saúde pela Prefeitura de Cubatão (SP). Os policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Santos, Cubatão e São Paulo.
Os policiais federais estiveram no Paço Municipal para cumprir um dos mandados. Segundo a Prefeitura de Cubatão, trata-se de um mandado do Tribunal de Justiça de São Paulo para averiguação do contrato da empresa gestora da UPA do Jardim Casqueiro, a Organização Social Instituto Medicina, Saúde e Vida, que atuou no município no início de 2017 por cerca de seis meses.
Os policiais também estiveram na casa do do prefeito Ademário Oliveira. Segundo a Prefeitura de Cubatão, não houve a necessidade de recolher documentos, computadores e equipamentos nos dois locais diligenciados. O prefeito colaborou junto às autoridades policiais, no sentido de tirar dúvidas decorrentes da operação.
A administração municipal ainda disse que, desde que assumiu o primeiro mandato, em 2017, o prefeito vem prestando todos os esclarecimentos devidos sobre o referido processo, que continuará sendo acompanhando pelos profissionais jurídicos nomeados no processo legal. O prefeito Ademário está despachando normalmente em seu gabinete.
Além de Cubatão, equipes da Polícia Federal também cumpriram um mandado de busca e apreensão em mais dois endereços em Santos e outro em São Paulo.
Polícia Federal cumprindo mandado em Cubatão (SP)
Matheus Croce
Investigação
A Polícia Federal recebeu indícios de irregularidades no processo licitatório de contratação da empresa e iniciou as investigações. A operação foi desenvolvida com o objetivo de combater possíveis crimes de desvios de recursos públicos e outros crimes envolvendo verbas federais.
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, fraude em licitação e associação criminosa, sem prejuízo de outros que possam ser apurados até a conclusão dos trabalhos investigativos. As penas do crimes citados, se somadas, podem variar de 6 a 20 anos.
Prefeito Ademário vistoriando o hospital municipal de Cubatão, em 2017
Solange Freitas/G1
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