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MP e Cetesb realizam nova vistoria em obras do VLT no trecho da Rua Campos Melo, em Santos


Os moradores disseram ao Ministério Público que estão verificando rachaduras nos imóveis e problemas de drenagem. Intervenções fazem parte das obras para implementação da segunda fase do VLT. Obras do VLT tem nova vistoria no trecho da Rua Campos Mello, em Santos, SP
Mozart Dias
O Ministério Público e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fizeram uma nova vistoria, nesta segunda-feira (7), no segundo trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Santos, no litoral de São Paulo. A ação foi realizada após reclamações de moradores e comerciantes da Rua Campos Mello.
Os moradores disseram ao MP que estão verificando rachaduras nos imóveis e problemas de drenagem, que têm ocasionado diversas infiltrações nas casas e alterando algumas estruturas. Além disso, foram apontados outros problemas como a remoção de postes, a interrupção de redes subterrâneas e o estreitamento de calçadas.
Ainda segundo os comerciantes, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), empresa responsável pela obra, ainda não identificou as casas que terão que ser desapropriadas e não fez acordo com os proprietários dos imóveis que serão demolidos para a passagem do VLT.
Os comerciantes reclamaram ainda sobre problemas na qualidade do material da manta de segurança, que será instalada no local para diminuir os impactos da passagem do VLT.
Ministério Público e Cetesb
De acordo com a Cetesb, por conta dos problemas ocasionados com a interdição das obras nesse trecho, será necessário que as vistorias sejam feitas por etapas. Em cada fase será emitida uma licença. Após esses documentos serem emitidos, as obras podem ser realizadas seguindo o cronograma da empresa.
Segundo a promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente da Baixada Santista (Gaema), do MP, Almachia Zwarg Acerbi, as obras possuem diversos erros que prejudicam moradores e comerciantes. “É dinheiro público sendo jogado fora”, disse.
“O trecho já foi liberado para o trânsito, mas ainda causa muitos transtornos. É uma obra que não tem os estudos adequados para o tamanho dela. Gostaria de deixar claro que o MP não é contra o VLT e não interfere onde ele vai passar. O que o MP exige é a observância da lei e dos estudos adequados. É tanto erro no projeto de drenagem, e tem que refazer”, afirmou Almachia.
Segunda fase do VLT
O segundo trecho do VLT conta com investimento de R$ 218 milhões do Governo do Estado. A previsão era iniciar a operação no primeiro semestre de 2023.
Com capacidade para transportar 35 mil pessoas por dia, ligará a Linha 1 Barreiros – Porto (a partir da estação Conselheiro Nébias) até a região central de Santos. Serão oito quilômetros de extensão e sete trens, com 14 estações nas proximidades de locais de interesse público como Mercado Municipal, Poupatempo e Terminal Valongo.
O VLT, além de ser um importante meio de transporte para a região, tem capacidade de revitalizar todo seu percurso, unindo bairros ao centro, turismo e trabalho.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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