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Grávida que denunciou ex-namorado por estupro e violência muda de cidade por medo


Após série de denúncias contra agressor, vítima diz que já teve a casa quase invadida em Praia Grande, no litoral de SP, diversas vezes. Com medo, ela se mudou para outra cidade. Grávida denuncia ex-namorado por estupro e lesão corporal e diz ‘temer pela vida’ após ser perseguida em Praia Grande, no litoral de SP.
Reprodução/ Arquivo pessoal
A grávida de 22 anos que denunciou o ex-namorado por estupro e violência em Praia Grande, no litoral de São Paulo, se mudou para outra cidade por medo. Após uma série de denúncias contra o ex-companheiro, descrito como “agressor insistente” pela delegada que acompanha o caso, a vítima diz que já teve a casa quase invadida pelo homem, de 31 anos, diversas vezes, motivo pelo qual resolveu mudar para outra cidade.
A vítima, que teve a identidade preservada, disse que tomou a decisão de se mudar para outra cidade devido ao medo que sente do ex-companheiro. Ele a perseguiu e a ameaçou constantemente enquanto estava em Praia Grande. “Não tem como eu ficar aí escondida”, disse.
A gestante falou que a mudança implicará em consequências, inclusive, no atendimento pré-natal, já que terá que se consultar com outros médicos e em outros postos de saúde. Por motivos de segurança, ela preferiu não revelar o nome da cidade para se mudou.
A grávida pontua que familiares que ficaram em Praia Grande e moram na casa onde o agressor invadiu, tentou invadir e a atacou diversas vezes também estão com medo. No último domingo (13), ele entrou entrar no local pela quarta vez (confira no vídeo abaixo).
Acusado de estuprar e agredir ex-namorada grávida tenta invadir a casa dela pela 4ª vez
Delegada diz que agressor é ‘insistente’
Ao g1, a delegada titular da DDM de Praia Grande, Lyvia Cristina Bonella, disse que o agressor já foi preso anteriormente por tráfico de drogas e receptação. Ressaltou, ainda, que seria importante que a vítima tivesse aceitado o acolhimento no abrigo ou a ajuda financeira cedida pelo município para que ela mudasse para a cidade de outros familiares.
A delegada conclui que o ex-namorado da vítima é um “agressor insistente”, considerando os três inquéritos anteriores. “Não foi uma agressão isolada. Mesmo com medidas protetivas, ele tendo ciência, sendo deferidas, ele continua a praticar novos crimes, então isso pesa sim para o deferimento da prisão preventiva”, pontuou.
Grávida denuncia ex-namorado por estupro e lesão corporal e diz ‘temer pela vida’ após ser perseguida em Praia Grande, no litoral de SP
Arquivo pessoal
Providências
Lyvia afirma que as providências da Polícia Judiciária não são imediatas (veja no vídeo abaixo). A autoridade policial explica que para a aprovação de uma medida preventiva é preciso que o juiz aprove e que o MP esteja de acordo, além de que, para valer, o agressor precisa tomar ciência dessa medida protetiva em desfavor dele. “Isso não significa que não está sendo feito nada, está sendo feito, mas tem um trâmite.”
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre o motivo do homem ter sido liberado após o registro do boletim de ocorrência de ameaç,a em 2 de setembro deste ano, e com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) sobre os registros e períodos em que ele ficou preso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Segundo a vítima, eles se conheceram em 2020 e moraram juntos por três meses. Após a primeira agressão, em janeiro de 2021, ela afirmou ter saído de casa e terminado o relacionamento. Em julho, a primeira medida protetiva foi instaurada. “Sou obrigada a voltar com ele para não viver apanhando”.
Ainda em outubro do ano passado, mesmo com um inquérito policial em andamento, bem como uma medida protetiva vigente, o homem a ameaçou e a estuprou. Esse caso também foi registrado na DDM de Praia Grande em maio deste ano.
Em setembro, a vítima entrou com um novo pedido de medida protetiva contra ele. O juiz decidiu que a situação exigia caráter de urgência, mas as agressões continuaram.
A Polícia Civil esclarece que está em andamento um inquérito policial para apuração dos fatos. Segundo a autoridade policial, foi solicitado medida protetiva, que foi indeferida pelo Poder Judiciário.
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