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Jihadista egípcio Saif al-Adl é o novo chefe da Al-Qaeda, dizem os EUA


Ex-líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi morto em 2022. Foto de Sayf al-Adl divulgada pelo FBI em 2001
Getty Images/ BBC
O jihadista Saif al-Adl, ex-membro das forças especiais egípcias e atualmente no Irã, é o novo chefe da Al-Qaeda desde a morte de Ayman al-Zawahiri em 2022, informou o Departamento de Estado americano nesta quarta-feira (15).
“Nossa avaliação é a mesma da ONU, ou seja, que o novo líder de fato da Al-Qaeda é Saif al-Adl, baseado no Irã”, disse um porta-voz da diplomacia dos Estados Unidos, referindo-se a um relatório das Nações Unidas publicando na terça-feira (14).
O relatório indica que a visão predominante entre os Estados-membros é que Saif al-Adl é “atualmente o líder de fato da Al-Qaeda, representando a continuidade por enquanto”.
Mas, de acordo com o texto, o grupo não o declarou formalmente “emir” por dois motivos:
primeiro, porque é um assunto delicado para as autoridades talibãs no Afeganistão, que não reconhecem que Zawahiri foi morto pelos americanos em um ataque contra uma casa em Cabul no ano passado.
E em segundo lugar, porque Saif al-Adl está no Irã, um país de maioria xiita, enquanto a Al-Qaeda é um grupo sunita.
“O local onde ele está baseado suscita dúvidas que pesam sobre as ambições da Al-Qaeda com vista a afirmar a sua liderança de um movimento mundial, face aos desafios do Estado Islâmico (EI)”, grupo rival, segundo o relatório da ONU.
Saif al-Adl, agora na casa dos 60 anos, foi ex-tenente-coronel das forças especiais egípcias e é uma figura da velha guarda da Al-Qaeda.
Ele ajudou a construir as capacidades operacionais do grupo e treinou alguns dos sequestradores que participaram dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, de acordo com o Projeto Contra o Extremismo.
O novo líder da Al-Qaeda está no Irã desde 2002 ou 2003 e, apesar de ter vivido sob residência vigiada no início, pôde fazer viagens ao Paquistão, segundo Ali Soufan, ex-investigador do FBI.
“Saif é um dos soldados profissionais mais experientes do movimento jihadista global e carrega as marcas do combate em seu corpo”, escreveu o especialista no CTC Journal em 2021.

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