Polícia estoura laboratório de droga que abastecia o Centro de SP com a K9, que causa o ‘efeito zumbi’; VÍDEO
Responsável pelas drogas morou 20 anos na Califórnia, nos EUA, onde, segundo a polícia, teria aprendido a cultivar a droga em ambientes fechados. O homem e um caseiro, que é considerado responsável pela segurança do imóvel com os entorpecentes e químicos, foram presos em Guarujá, no litoral de SP. Polícia estoura laboratório que produzia droga K9, que causa o ‘efeito zumbi’
A Polícia Civil prendeu dois homens e apreendeu grande quantidade de maconha sintética em Guarujá, no litoral de São Paulo – a quantidade não foi divulgada. O entorpecente conhecido como K9 chega a ter 100% mais THC [principal substância psicoativa encontrada na planta] do que a maconha comum. Ela causa um impacto devastador nos usuários, que é chamado de ‘efeito zumbi’.
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“Aquele efeito zumbi acaba com o poder de raciocínio na hora que ele [usuário a] consome. Quanto maior o THC, maiores são os danos para a pessoa e a dependência química”, disse o delegado Leonardo Rivau da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.
Os investigadores apontam que o responsável pelo plantio morou na Califórnia, nos Estados Unidos – onde é permitido cultivar maconha para uso recreativo e comércio. Ele foi detido nesta terça-feira (9) em outro imóvel, onde vive atualmente. Além dele, um caseiro da casa em que servia de laboratório das drogas foi preso.
De acordo com a polícia, que estava em posse de um mandado de busca e apreensão, além da maconha conhecida como K9, o homem cultivava Skunk [a supermaconha, por ser mais potente] e a maconha comum. Muitas das drogas, com base na investigação, eram vendidas no Centro de São Paulo.
Rivau explicou que a droga K9 é produzida com elementos químicos e, por isso, o efeito devastador. “Nós encontramos centenas de quilos de produtos químicos, como ácido sulfúrico que é extremamente nocivo, e vários outros, para que ele pudesse potencializar o THC. Na verdade, é criar um THC químico para ser acrescentado na produção da maconha que ele fazia”, ressaltou o delegado.
Laboratório que produzia maconha sintética K9 para abastecer o Centro de SP é estourado em Guarujá, no litoral paulista
Marco Antônio/TV Tribuna
Estrutura
Quatro espaços da casa, no bairro Enseada, foram preparados para cada processo do cultivo, produção e preparação da droga para a venda. A polícia acredita que o local esteve ativo por um ano.
“O produtor dessa maconha, que foi morador dessa residência ele viveu por 20 anos na Califórnia e, provavelmente, de lá trouxe o conhecimento a respeito da produção indoor [em ambientes fechados], bem como da produção do Skunk e do K9, que como a gente sabe da América do Norte que tem um problema grande com esse tipo de droga”.
Drogas K
Não existe apenas a K9 como maconha sintética, entram na lista variações conhecidas como K2, K4. O tráfico tem deixado os entorpecentes cada vez mais potentes e com poder de viciar os usuários. De acordo com o governo de São Paulo, os efeitos da droga podem ser piores do que o crack.
A Secretaria da Saúde do Estado de SP respondeu que drogas sintéticas podem causar uma série de efeitos colaterais graves:
Paranoia
Ansiedade
Alucinações
Convulsões
Insuficiência renal
Arritmias cardíacas
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