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Lira diz que não dá para medir base do governo pela votação do arcabouço, mas vê ‘evolução’


Presidente da Câmara afirmou que arcabouço não é projeto do governo ou da oposição, mas sim do país. Lira afirmou que pretende colaborar com o governo, mas não em tentativas de mudar medidas já aprovadas em gestões passadas. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na madrugada desta quarta-feira (24) que a votação do arcabouço fiscal não serve de parâmetro para analisar o tamanho da base do governo. Mas afirmou que vê uma “evolução” na base.
Lira falou com a imprensa após a Câmara ter aprovado o texto-base da nova regra fiscal. Foram 372 votos a favor contra 108 contra e uma abstenção.
O novo arcabouço fiscal foi proposto pelo governo, mas também é defendido por parlamentares que não são da base.
Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto vem tendo dificuldades na Câmara, o que gerou a dúvida sobre a força da base para votação de temas do interesse do governo.
“Sempre deixei claro em todas as conversas, e nós trouxemos todos, base governo, quem é independente, quem é oposição. Sempre temos que reconhecer o esforço de cada um, cada um fez o seu papel. Mas essa matéria não é de governo, não é da oposição. É de país”, afirmou Lira sobre a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal.
Por isso, de acordo com o presidente da Câmara, a votação não reflete necessariamente o tamanho da base.
“Eu penso que não [dá pra medir o tamanho da base pelo resultado do arcabouço]. Mas é uma evolução. Estamos trabalhando para que isso se concretize. Sempre disse a todos que nós seremos os facilitadores do que for bom para o país”, completou.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em coletiva à imprensa na madruga desta quarta-feira (24).
Reprodução/TV Globo
‘Ressalvas’
Lira afirmou, no entanto, que tem “ressalvas” com relação a algumas iniciativas do governo. Ele não listou nenhum exemplo concreto, mas citou tentativas de “revisitas” a projetos já aprovados em gestões anteriores.
O presidente da Câmara já demonstrou ser contra, por exemplo, mudanças na privatização da Eletrobras, que são defendidas pelo atual governo.
“A nossa ressalva é sempre com aqueles temas que sofre tentativas de revisitas. Tudo que foi votado no Congresso Nacional há um, dois três anos atrás que nós não temos maioria clara no plenário para votar, nessas matérias o governo não terá o nosso apoio porque elas precisam ser concretizadas para que o Brasil tenha na sua prática segurança jurídica na forma de votar e na maneira de se modificar as matérias que são votadas no Congresso Nacional”, concluiu Lira.

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