Erdogan é reeleito presidente e ficará mais 5 anos no poder

Recep Tayyip Erdogan, de 69 anos, foi reeleito presidente da Turquia neste domingo (28.mai.2023). Com 97,41% das urnas apuradas, ele contabiliza 52,18% dos votos. Erdogan é do partido AK (Partido da Justiça e Desenvolvimento) e está no poder há 20 anos. Com a reeleição, ele garante mais 5 anos de mandato.
Erdogan concorreu no 2º turno contra o candidato social-democrata da esquerda Kemal Kiliçdaroglu, que recebeu 47,82% dos votos.
Durante a campanha eleitoral, Erdogan prometeu continuar com o sistema presidencialista, reduzir a taxa de juros e fortalecer a influência turca na Europa. Já Kiliçdaroglu prometia voltar ao sistema parlamentar (retirado em 2017) e aproximar a Turquia da União Europeia e Estados Unidos.
No novo mandato Erdogan deve continuar com uma política de redução da taxa de juros para conter a alta da inflação. Segundo o TURKSTAT (Instituto Estatístico da Turquia, na sigla em inglês), o índice de Preços ao Consumidor do país no mês de abril de 2023 foi de 43,68% ao ano.
- Turcos vão às urnas em eleição que pode marcar derrota de Erdogan;
- 3° colocado em eleições na Turquia declara apoio à Erdogan;
- Erdogan pode deixar o poder na Turquia depois de 20 anos;
- Eleição na Turquia segue para 2º turno com Erdogan à frente.
No 1º turno eleitoral, realizado em 14 de maio de 2023, Erdogan foi o candidato com melhor resultado e recebeu 49,24% dos votos. Kiliçdaroglu teve 45,07%. Os dados são do Supremo Conselho Eleitoral da Turquia. Em 3º lugar ficou Sinan Ogan com 5,28% dos votos.
Trajetória política
Em 15 de março de 2003, Erdogan assumiu o cargo de primeiro-ministro da Turquia, cargo que exerceu durante 3 mandatos, ficando até 2014. No mesmo ano, foi eleito presidente. Por meio de um referendo popular, o sistema parlamentarista foi substituído pelo presidencialismo no país em 2017.
Ao considerar o tempo como primeiro-ministro e presidente, Erdogan está no poder do país há 20 anos.
Esta reportagem foi produzida pela estagiária de jornalismo Maria Eduarda Cardoso sob supervisão do editor-assistente Lorenzo Santiago.