Em pé de guerra, CPI dos Atos Golpistas inicia depoimentos nesta semana

A CPI dos Atos Golpistas entra na primeira semana de depoimentos com os integrantes em pé de guerra. Governistas vão insistir que o deputado André Fernandes (PL-CE) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES), investigados por participação em atos golpistas sejam afastados da comissão.
Os dois insistem em permanecer. A decisão final será do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Enquanto isso, o presidente da CPI, Arthur Maia (UB-BA), também vai insistir na aprovação do requerimento de convocação do ministro da Justiça, Flavio Dino, e do ex-ministro do GSI Gonçalves Dias.
Enquanto isso, a relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-MA), diz não concordar com os depoimentos deles neste momento, só mais tarde.
As duas batalhas ocorrem às vésperas dos primeiros depoimentos. O primeiro será o do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, aliado de Bolsonaro, previsto para esta terça-feira (20).
Na quinta (22), é a vez de George Washington, defensor do ex-presidente condenado por planejar a explosão de um caminhão-tanque nas imediações do Aeroporto de Brasília, para tentar criar um clima de caos na cidade e abrir caminho para um golpe.
E a CPI já tem novos nomes na mira para depoimentos. O mais recente é o do coronel Jean Lawand Junior, que aparece no celular de Mauro Cid em trocas de mensagens do ex-ajudante defendendo e discutindo a estratégia de um golpe por ordem de Bolsonaro.
O coronel teve sua nomeação para um posto diplomático nos Estados Unidos suspensa por determinação do comandante do Exército, general Tomás Miné Ribeiro Paiva, depois de uma reunião com o presidente Lula e o ministro da Defesa, José Múcio.