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O que acontece na ‘zona da morte’ do Everest: ‘Como respirar com um pulmão só’


Em entrevista a Natuza Nery, o jornalista de esporte do Grupo Globo Clayton Conservani relata quais desafios os alpinistas enfrentam na jornada ao cume da maior montanha do planeta. O resgate de um alpinista malaio por um guia que conduzia outro cliente ao cume do Monte Everest surpreendeu as autoridades do Nepal no mês passado (veja o vídeo no final da reportagem).
O salvamento ocorreu na chamada “zona da morte”, situada a mais de 8 mil metros de altitude, onde as temperaturas podem chegar 30 graus negativos. O guia carregou o alpinista nas costas por cerca de seis horas para descer 600 metros.
Equipe na região do Monte Everest.
Gabriel Tarso/Arquivo pessoal
Em entrevista a Natuza Nery, o jornalista de esporte do Grupo Globo Clayton Conservani relata quais desafios os alpinistas enfrentam na jornada ao cume da maior montanha do planeta e o que acontece com o corpo ao chegar na “zona da morte”.
“Se você não estiver usando oxigênio, é como se você estivesse morrendo afogado ao ar livre. O risco de congelamento nas extremidades, um edema nos pulmões e um edema cerebral é muito grande. Você se sente cansado, enjoado e desnorteado. É um lugar para você ficar o menos tempo possível.”
Ele, que já subiu o monte duas vezes, relata o passo a passo da expedição, que dura cerca de dois meses – e destaca o perigo de cruzar a “cascata de gelo” e de entrar na “zona da morte”.
“O corpo humano não foi feito para suportar grandes altitudes”, afirma. “Acima dos 5.000 metros, é como respirar com um pulmão só, e você se sente morrendo lentamente”.
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto
VÍDEO: guia carrega alpinista nas costas por 6 h e o salva na ‘zona da morte’ do Everest
Guia salva alpinista em ‘zona da morte’ do Everest

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