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‘Deduzi que ele foi para o campo de batalha e não voltou’, diz tia de brasileiro do exército ucraniano desaparecido


Marcello Monteiro Macedo Júnior é combatente voluntário do exército ucraniano e está desaparecido desde o último 21 de novembro. Família acredita que ele morreu. Marcello Monteiro Macedo Júnior é combatente voluntário do exército ucraniano e está desaparecido desde o último 21 de novembro.
Arquivo pessoal
Um brasileiro de 35 anos pode ser uma das vítimas da guerra entre Rússia e Ucrânia. Marcello Monteiro Macedo Júnior é combatente voluntário do exército ucraniano e está desaparecido desde o último 21 de novembro. A família acredita que ele morreu.
“Ele sempre falava: ‘estou indo, estou voltando’. Deduzi que ele foi para o campo de batalha e não voltou”, contou Tatiana Macedo, tia de Marcello que mora no Brasil.
Os familiares pedem ajuda à embaixada brasileira e ao governo ucraniano para descobrir o que, de fato, aconteceu. Eles afirmam que, segundo o Itamaraty, há possibilidade de que o soldado tenha morrido em combate e não seja possível recuperar o corpo.
“Se existirem restos mortais dele, está debaixo do gelo. Do dia que ele desapareceu até hoje, não existe mais corpo… Eu quero o comprovante que ele faleceu, queria saber como foi. Quero certidão de óbito, os pertences, tudo que ele levou, quero que nos tragam”, disse Tatiana.
‘Era o sonho dele’
Marcello nasceu no Espírito Santo e se mudou, ainda criança, para Raul Soares, na Zona da Mata mineira. Ao completar 18 anos, ele se alistou no serviço militar, mas não foi aprovado. Depois de mais algumas tentativas frustradas de integrar o Exército Brasileiro, decidiu procurar trabalho na Europa.
“Era o sonho dele ser do exército, sempre foi, desde novinho. Não conseguiu e passou a fazer outras coisas. Em 2017, foi definitivamente para Portugal e, lá, começou a trabalhar em restaurantes, trabalhar com plantio de árvores…”, afirmou Tatiana.
Em maio do ano passado, o governo ucraniano ofereceu uma chance para que estrangeiros se alistassem nas forças armadas do país. De acordo com os parentes, Marcello encarou a oportunidade como uma forma de concretizar o sonho e “ajudar pessoas”.
“Foi vontade dele. Foi servir um país que não é dele, lutou tanto. Dizia que ia morrer herói, defendendo a paz”, concluiu a tia.
O g1 entrou em contato com o Itamaraty e com o consulado da Ucrânia no Brasil para saber mais detalhes do caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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