A moeda norte-americana caiu 0,70%, cotada a R$ 4,8807. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,67%, aos 128.185 pontos, renovando o maior patamar desde julho de 2021. Imagem ilustrativa sobre a alta do dólar e o mercado de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou o pregão desta sexta-feira (1º) em alta, renovando o maior patamar em mais de dois anos.
O movimento veio na esteira dos mercados internacionais, que subiram após novas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reforçarem a perspectiva de que o ciclo de alta de juros da instituição já acabou.
O mercado também avaliou novos dados de produção industrial no Brasil e no exterior.
O dólar, por sua vez, inverteu o sinal positivo visto pela manhã e fechou em queda.
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Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,70%, cotado a R$ 4,8807. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,57%, vendida a R$ 4,9152. Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:
0,36% na semana;
0,70% no mês;
7,53% no ano.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou o primeiro pregão de dezembro em alta de 0,67%, aos 128.185 pontos, renovando o maior patamar desde julho de 2021.
No dia anterior, o índice fechou em alta de 0,92%, aos 127.331 pontos e encerrou o mês de novembro com o melhor desempenho mensal desde igual mês de 2020, quando subiu 15,90%. Com o resultado de hoje, passou a acumular ganhos de:
2,13% na semana;
0,67% no mês;
16,81% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Nos Estados Unidos, as atenções estavam voltadas para novos discurso de dirigentes do Fed.
Nesta sexta-feira, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou os riscos de o Fed desacelerar a economia mais do que o necessário se tornaram “mais equilibrados” em comparação aos riscos de a instituição não elevar a taxa básica de juros o suficiente para controlar a inflação.
O banqueiro central ainda reafirmou a intenção do Fed de ser cauteloso em suas próximas decisões de política monetária. “Os dados nos dirão se precisaremos de mais aumentos”, disse.
Já entre os indicadores, os destaques ficaram com os novos dados de produção industrial.
No Brasil, a indústria cresceu 0,1% em outubro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio um pouco abaixo das expectativas do mercado, que previa uma alta de 0,3% no mês.
Outros países divulgaram o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria em novembro. Na China, o índice subiu de 49,5 para 50,7 no último mês, voltando ao nível de expansão da economia. Na zona do euro o PMI industrial também cresceu, de 43,1 para 44,2, mas permanece no nível de retração.
Desempenho de novembro
O mês de novembro foi marcado por um grande otimismo nos mercados que levou bolsas de valores em todo o mundo a entregarem resultados bastante positivos. No Brasil, o Ibovespa teve o melhor desempenho mensal em três anos, acumulando ganhos de mais de 12% no período.
“O mês de novembro de 2023 assinala um recorde no volume líquido de entrada de investidores estrangeiros na B3, atingindo a cifra de R$ 18,2 bilhões. Este desempenho representa a melhor performance registrada desde março de 2022”, diz o consultor Einar Riveiro.
Novembro também foi o melhor mês de 2023 para as bolsas norte-americanas, destacam analistas do BTG Pactual.
O otimismo se deve, sobretudo, à perspectiva de que o ciclo de alta nos juros promovido pelo Fed chegou ao fim e que os primeiros cortes nas taxas podem acontecer ainda no primeiro semestre do próximo ano.
Juros mais baixos nos Estados Unidos tendem a ser benéficos para os ativos de risco em todo o mundo.