Economia

Dólar volta a cair e fecha a R$ 4,92, após novo resultado positivo do PIB; Ibovespa sobe

A moeda norte-americana recuou 0,45%, cotada a R$ 4,9256. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,08%, aos 126.903 pontos. O dólar fechou em queda nesta terça-feira (5), após passar boa parte do pregão no terreno positivo. Investidores repercutiram a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O noticiário corporativo brasileiro e o cenário de juros nos Estados Unidos também continuaram no radar.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Dólar
Ao final da sessão, o dólar caiu 0,45%, cotado a R$ 4,9256. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,38%, vendida a R$ 4,9481, no maior patamar em quase um mês. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
alta de 0,92% na semana;
avanço de 0,21% no mês;
queda de 6,68% no ano.

Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,08%, aos 126.903 pontos.
No noticiário corporativo, destaque para a notícia de que a B3 irá excluir as ações da Braskem de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) a partir da próxima sexta (8). (entenda mais abaixo)
Na véspera, o índice fechou em baixa de 1,08%, aos 126.803 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
queda de 1% na semana;
retração de 0,34% no mês;
ganhos de 15,65% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Por aqui, o principal destaque desta terça-feira (5) ficou com o resultado do PIB brasileiro dos três meses encerrados em setembro. Segundo o IBGE, a atividade registrou um crescimento de 0,1% no período, em uma desaceleração em comparação aos trimestres anteriores.
E, segundo especialistas, apesar de o resultado vir acima do esperado pelo mercado, que projetava uma queda na economia, o PIB segue como ponto de atenção dos investidores.
“Olhando para frente, os números mais fortes não alteram o cenário de desaceleração da atividade econômica. De um lado temos os efeitos defasados da política monetária, a dissipação do impulso no período pós-pandemia e um arrefecimento da demanda externa. Por outro, ainda temos observado um mercado de trabalho aquecido, contribuindo para um crescimento da massa salarial, e a permanência de alguns estímulos governamentais”, comenta Igor Cadilhac, do PicPay.
Maykon Douglas, da área de pesquisa da Highpar, compartilha do mesmo ponto de vista e pontua que o resultado corrobora o que o mercado tem dito sobre a desaceleração da atividade doméstica, por conta dos juros altos e sem o efeito positivo do agronegócio.
“Mas o consumo das famílias (que subiu 1,1% no trimestre) surpreendeu e reflete um mercado de trabalho ainda resiliente, amparado por uma renda média crescente, mesmo que a um delta menor. Houve de fato um ‘freio’ no PIB, mas menos do que se projetava”, destaca Douglas.
No noticiário corporativo, as atenções ficaram voltadas para a notícia de que a B3 irá excluir as ações da Braskem de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A decisão ocorre em meio ao afundamento de solo e risco de colapso em Maceió (AL), em uma área de mina operada pela empresa.
Na prática, a empresa será excluída de um grupo seleto de companhias que têm “seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial”.
Já no exterior, investidores aguardam a divulgação de uma série de dados de emprego nos Estados Unidos, que devem trazer novos sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Outros países também divulgaram dados sobre suas economias. Na China, o índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços subiu de 50,4 em outubro para 51,5 em novembro, permanecendo num ritmo de aceleração.
Já na zona do euro, o PMI composto (que engloba serviços e indústria) subiu de 46,5 em outubro para 47,6 em novembro. Apesar da alta, o indicador continua num ritmo de contração da economia.

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