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Múcio diz que monitora tensão na fronteira para que Brasil não seja ‘instrumento’ de ‘incidente diplomático’ entre Venezuela e Guiana

Ministro da Defesa se encontrou com o presidente Lula na residência oficial do Palácio da Alvorada. Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, assinou decretos para anexar território do país vizinho. Lula discute crise entre Venezuela e Guiana ministro da Defesa
O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta sexta-feira (8) que o governo brasileiro monitora a crise entre Venezuela e Guiana para evitar que o país seja usado como “instrumento” de um “incidente diplomático” entre vizinhos.
Múcio deu a declaração antes de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada. O ministro tratou com Lula, entre outros temas, sobre a tensão na fronteira norte. A reunião durou cerca de 50 minutos.
“Estamos atentos para que nós não sejamos instrumento de um incidente diplomático que envolve dois vizinhos”, disse Múcio a jornalistas.
A situação na fronteira se agravou após a realização de um referendo, convocado pelo governo venezuelano, que aprovou a ideia de anexar parte do território da Guiana conhecido como Essequibo, uma região rica em reservas de petróleo.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou uma série de decretos para incorporar Essequibo.
Como é a fronteira do Brasil com o território na Guiana cobiçado pela Venezuela
O governo da Guiana tem criticado a iniciativa e busca apoio de aliados. Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram exercício militares de rotina em parceria com a Guiana.
Lula, que é aliado de Maduro, já declarou que não deseja uma guerra na América do Sul e que os países do Mercosul não podem ficar alheios ao conflito. O governo não permitirá que as tropas venezuelana passem pelo território brasileiro para eventual invasão da Guiana.
Propostas para as Forças
Múcio disse que a tensão entre Venezuela e Guiana não foi o único tema tratado com Lula.
O ministro disse que também conversou sobre duas propostas de emenda à Constituição (PEC) de interesse da Defesa.
Uma é a PEC que pode proibir militares da ativa de se candidatarem, o que vai na direção do que o Palácio do Planalto considera fundamental para evitar a politização na caserna. O outro texto trata de previsibilidade orçamentária militar.

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