Lobo-marinho encontrado em quintal de casa é tratado e solto em alto-mar; VÍDEO

Imagens mostram o animal recebendo atendimento veterinário e, em seguida, de volta ao habitat natural. Ele foi resgatado no quintal de uma casa em Itanhaém (SP). Vídeo mostra tratamento e soltura de lobo-marinho resgatado no quintal de uma casa
Um lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis) foi solto em alto-mar após ficar 78 dias recebendo atendimento veterinário em Guarujá, no litoral de São Paulo. As imagens obtidas pelo g1, nesta quarta-feira (20), mostram o tratamento e a soltura do animal (veja acima).
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Identificado como um macho jovem, o animal foi resgatado pelo Instituto Biopesca no quintal de uma casa em Itanhaém (SP). Ele estava magro, debilitado e apresentava desnutrição e desidratação.
Diante do estado de saúde, o animal foi levado à reabilitação no Instituto Gremar, onde os primeiros cuidados foram focados em reverter o quadro clínico. Depois de estabilizado, o lobo-marinho foi mantido em uma área externa com piscina, podendo tomar banhos de sol.
Para recuperar o peso, segundo o Gremar, o animal recebeu uma dieta de peixes e vitaminas através de um tubo submerso na água da piscina. O objetivo dessa estratégia é evitar que ele associe a alimentação ao ser humano, além de estimular a predação no ambiente natural.
Lobo-marinho é solto em alto-mar após mais de 75 dias de tratamento
Instituto Gremar/Divulgação
Um chip foi implantado no animal e, de acordo com a instituição, em caso de novo encalhe, o dispositivo permitirá que outros órgãos e organizações ambientais tenham acesso ao histórico de reabilitação.
Após pouco mais de dois meses, o lobo-marinho estava apto para retornar ao habitat natural. Ele foi solto próximo ao Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (SP) com o apoio da Fundação Florestal e da Polícia Militar (PM) Ambiental. As imagens mostram o animal nadando em alto-mar.
Animal foi resgatado no quintal de uma casa em Itanhaém (SP) e solto em Santos (SP)
Instituto Gremar/Divulgação
Costumes da espécie
Ao g1, bióloga e responsável técnica do Instituto Gremar Rosane Farah, explicou que a espécie vive em grupos separados e só se encontram no período de reprodução. Já os mais jovens, como é o caso do animal resgatado, acompanham as mães até os oito meses.
“[O animal resgatado] provavelmente estava no período de desmame [processo de parar de receber o leite materno], mas acabou encalhando por motivos de saúde”, afirmou a especialista.
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