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Conselho de Segurança da ONU aprova resolução sobre a Faixa de Gaza


Texto prevê liberdade de acesso para ajudas humanitárias e cessar-fogo sustentável. Logo da ONU do lado de fora da sede em Nova York
Carlo Allegri/Reuters
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (22) uma resolução diplomática para o conflito na Faixa de Gaza.
A proposta, elaborada pelos Emirados Árabes Unidos passou por duas semanas de negociações até chegar no texto alcançado nesta quinta-feira.
A atual versão pede que sejam tomadas “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar-fogo sustentável”, mas não pede o fim imediato dos combates.
Os Estados Unidos, um dos membros fundadores do Conselho e aliado de Israel, conseguiu aprovação dos outros países para as mudanças que almejava e com isso colocou-se, pela primeira vez, favorável a uma proposta de resolução que envolva o cessar-fogo.
“Essa é uma resolução que podemos apoiar”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
A aprovação do texto tem pouco efeito prático, mas impõe uma pressão política nos dois lados envolvidos no conflito.
Falando à GloboNews, o colunista Marcelo Lins explicou que espera-se que um Estado nacional, soberano e democrático atenda, respeite e siga as determinações votadas pelo Conselho, mas esse nem sempre é o caso.
Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sejam juridicamente vinculativas, na prática muitos países optam por ignorar os pedidos de ação do grupo.
Desde o início dos conflitos, em 7 de outubro, os Estados Unidos vetaram resoluções contrárias a Israel duas vezes.
Como funciona a votação?
Veto dos EUA de texto do Brasil na ONU
Mike Segar/Reuters
O grupo é composto por cinco países com assentos permanentes — EUA, Reino Unido, China, Rússia e França — que, nas votações, possuem o poder de vetar resoluções e 10 outros países com assentos rotativos.
As soluções votadas no Conselho precisam de 9 votos favoráveis para serem aprovadas. No entanto, os países com assentos permanentes podem vetar a proposta aprovada, mesmo que sejam os únicos a negá-la. Esses membros também podem se abster de votar — ou seja, na prática, deixando a resolução ser aprovada.

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