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Ricardo Nunes diz que ‘está cedo’ para definir vice, vê Cracolândia como prioridade e afirma estar magoado com Marta Suplicy

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou nesta segunda-feira, 5, em entrevista ao programa Direto ao Ponto da Jovem Pan News, que ainda “está muito cedo” para decidir quem será o seu vice nas eleições municipais deste ano. Na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a indicação do coronel Ricardo Mello Araújo para compor a chapa do atual gestor da capital paulista. “A gente tem bastante tempo. Normalmente a escolha de vice como foi no meu caso, por exemplo, é muito mais próxima da convenção”, afirmou. “É um bom nome (…), mas evidentemente precisamos levar o nome dele para outros partidos, para outras pessoas, porque temos frente ampla”, complementou.

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Segurança pública

O prefeito enfatizou também que a Cracolândia é uma das pautas prioritárias da sua gestão. “Eu mandei um projeto para a Câmara com uma série de ações para pessoas em situação de rua (…). A gente criou uma série de mecanismos para possibilitar [a saída das ruas]”, disse. Nunes ressaltou que “um problema de 30 anos você não consegue resolver de uma hora para outra”, mas que a gestão tem feito avanços em relação ao problema que a cidade enfrenta, principalmente na área de segurança. “Fizemos várias ações na área de segurança. Ano passado, coloquei mais mil guardas, estou com mais 500 na academia (…), além dos investimentos que estamos fazendo em relação ao armamento, treinamento e aumento salarial. Estamos instalando mais de 20 mil câmeras de segurança”, afirmou.

Críticas à Enel e problemas com chuvas intensas

Sobre as quedas de árvores decorrentes das fortes chuvas que têm atingido a capital paulista nesses últimos dois meses, ele ressaltou que a prefeitura “não tem nenhum poder sobre a Enel” e fez duras críticas à empresa de fornecimento de energia: “O caso da Enel é muito sério, evidentemente também depende da ação da prefeitura, mas o que a gente tem falado da poda é o seguinte: quando você tem uma árvore que encosta na fiação, é a Enel que precisa ir lá e fazer a poda (…). Temos mais de três mil casos em aberto”.

De acordo com Nunes, é preciso mudar a forma como foi feita a concessão, já que a empresa atende à legislação federal, e não a do município. Em relação ao volume de água da chuva que fica retido nas ruas, o prefeito afirmou que “é como pegar um balde de água e jogar na pia”, mas que a cidade “hoje retorna mais rápido, ela para, mas a recuperação das vias é mais rápida”. Ele disse que a prefeitura tem “várias operações e obras de galerias de drenagem, tem uma grande ação na cidade, inclusive da área de cobertura vegetal”.

Decepção com Marta Suplicy

“Evidentemente eu fiquei muito magoado. Ela ficou três anos no governo, participando e sabendo de todas as minhas vontades em ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro”, declarou Ricardo Nunes. O prefeito disse ter se decepcionado com Marta Suplicy, que exercia o cargo de liderança da Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo. A ex-secretaria aceitou o convite do presidente Lula para compor a chapa de Guilherme Boulos, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), como vice, e foi exonerada do seu cargo. “Questão de confiança, minha esposa tinha uma relação muito boa com a Marta, fui pego de surpresa com essa notícia, mas acho que a questão da avaliação [do trabalho dela] é a opinião pública que vai julgar. (…) Não falei mais com ela”. Nunes também declarou que não vê a pré-candidata Tabata Amaral como ameaça, pois ela possui mais “postura de esquerda” do que de “centro”.

 

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