‘Alívio e cansaço’, diz presidente de associação de vítimas da Boate Kiss sobre prisão de réus
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul havia anulado a decisão por considerar que houve irregularidades procedimentais e formais que prejudicaram a defesa em quatro momentos, entre eles o sorteio dos jurados e a argumentação dos promotores.
Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda, se apresentou por volta da 0h de terça em Santa Maria e está detido no Presídio Estadual Já o vocalista da banda, Marcelo Jesus dos Santos, está preso em São Vicente do Sul, a cerca de 100 km de Santa Maria, região central do Estado.
Conforme a defesa, Mauro Hoffman, sócio da boate, se entregou a uma delegacia de Polícia em Canoas, região metropolitana da capital. A defesa de Hoffman tentou habeas corpus, que foi negado pela Justiça.
Elisandro Spor, o Kiko, está sob custódia em Porto Alegre. Ele também se apresentou na noite de segunda-feira (2) à Polícia Civil.
Entidade levou caso à Corte Interamericana
Rovadoschi não acredita, porém, que a nova decisão seja um ponto final para o caso. ‘’Acho que é um ‘ponto e vírgula’, pois entendemos que a luta por justiça não se encerra com esse desfecho do ministro”, disse. “Iremos ainda acompanhar de perto esse processo, que agora retorna para o Rio Grande do Sul, e tem todo o pleito da redução das penas que as defesas dos réus vão apresentar”, acrescentou.
Segundo ele, também segue em curso a mobilização na Corte Interamericana de Direitos Humanos, para que o Estado brasileiro seja responsabilizado pela tragédia em 27 de janeiro de 2013, que teve uma maioria de jovens entre as vítimas. “Essa história significa a possibilidade de a gente ter uma luta mais digna, para que não se repita.”