Seca histórica ameaça a sobrevivência de pescadores no Amazonas
Izabel Serrão, uma pescadora que sempre viveu nas margens dos rios do Amazonas, se depara com uma seca inesperada. Com seu barco preso em uma lagoa sem saída, ela observa a água ao redor de sua casa se esgotar. O rio Negro, que corta a região de Manaus, está prestes a atingir seu nível mais baixo em mais de um século, conforme dados alarmantes da Defesa Civil do Amazonas. Na comunidade de Cacau Pireira, cerca de 90% das famílias dependem da pesca para sobreviver, mas desde o ano passado, essa atividade foi interrompida por causa da estiagem. Izabel e seus vizinhos enfrentam desafios imensos, com muitos relatando que a frequência e a intensidade das secas têm aumentado nos últimos anos, influenciadas por fenômenos climáticos como o El Niño e o aquecimento das águas do Oceano Atlântico.
O governo do Amazonas tem se mobilizado para fornecer ajuda humanitária, mas muitos moradores ainda não receberam apoio. Além disso, o estado enfrenta um aumento no número de queimadas, com registros de incêndios que não eram vistos desde 1998. A qualidade do ar em Manaus foi classificada como a pior do Brasil em 2023, agravando ainda mais a situação. Apesar das adversidades, Izabel e outros pescadores se mostram determinados a permanecer em suas comunidades, ressaltando a importância da pesca para sua sobrevivência.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA