Idosa perde quase R$ 1 mil para golpista após acreditar em cédulas falsas
Caso aconteceu no Centro de São Vicente (SP). Homem enganou a vítima dizendo que o dinheiro sacado por ela continha cédulas falsas. Idosa entregou dinheiro para homem desconhecido e caiu em golpe, em São Vicente (SP)
Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Imagem ilustrativa
Uma idosa, de 71 anos, perdeu R$ 980 para um golpista em uma agência bancária do Santander em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, o homem enganou a vítima dizendo que o dinheiro sacado por ela continha cédulas falsas.
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Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, o crime aconteceu por volta de 9h20 de terça-feira (1°). A vítima disse à Polícia Civil que foi abordada por um senhor bem vestido quando estava dentro da agência, na Praça Coronel Lopes, onde havia acabado de sacar o pagamento dela.
O homem disse à vítima que ela estava sendo solicitada por uma funcionária, no interior da agência, para trocar o valor sacado, pois o dinheiro continha teria cédulas falsas. Naquele mesmo momento, a idosa tirou o dinheiro da bolsa e ele se ofereceu para fazer a troca.
O homem pegou o montante e, rapidamente, foi para dentro da agência, saindo do alcance visual da idosa. Quando a vítima perguntou a um segurança sobre o homem, o profissional disse não ter visto o suspeito. Com isso, ela notou ter sido vítima de um crime.
A idosa registrou um boletim de ocorrência por estelionato no 1º Distrito Policial (DP) de São Vicente. Na unidade, ela consultou um álbum de fotografias, mas não reconheceu ninguém com as características do autor.
O g1 entrou em contato com o banco Santander, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Cuidado com estranhos
Segundo a advogada Richarlla Lopes, o crime conhecido como ‘saidinha de banco’ acontece nas proximidades de agências bancárias. Os criminosos ficam observando as vítimas e esperam o momento oportuno para abordá-las.
Para evitar, sempre que possível, o idoso deve ir ao banco acompanhado de uma pessoa de confiança. Não se deve aceitar ajuda de estranhos.
“Temos que desconfiar de qualquer pessoa que ofereça ajuda, principalmente nas proximidades do banco. E , caso precise de ajuda, falar com funcionários do banco que estejam identificados”, orienta a advogada.
A profissional afirmou que usar os serviços digitais disponibilizados pelo banco é uma forma de evitar saques presenciais, o que pode garantir mais segurança. Se for necessário ir até o local, o idoso deve apostar nos horários mais movimentados.
“É importante sempre estar atento. A fábrica de golpes, seja contra idosos ou outra pessoa, está aumentando cada vez mais. Os golpistas, cada vez mais, estão criando diversas formas de golpes”, disse ela, que orientou a monitorar a conta regularmente para identificar movimentação suspeita.
Caí no golpe, o que fazer?
Idosa sentada
Pixabay/Imagem ilustrativa
Segundo a advogada, denunciar é uma providência importante para ajudar outras pessoas a não cair no golpe. Primeiro, a vítima deve fazer um boletim de ocorrência presencial ou online. Depois, comunicar o banco fornecendo detalhes, pois isso ajuda no monitoramento de atividades suspeitas.
Se houver falhas no atendimento ou na segurança prestada pelo banco, por exemplo, há outras providências a serem tomadas:
Procurar o Procon: o Código de Defesa do Consumidor protege o cliente contra práticas abusivas. Caso o banco não ofereça suporte ou não colabore de forma satisfatória, o idoso pode procurar o órgão para formalizar uma reclamação contra a instituição financeira.
Solicitar indenização: medida cabível dependendo da situação. Segundo a advogada, é necessário analisar caso a caso. As instituições financeiras têm responsabilidade objetiva sobre os danos causados a seus clientes.
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