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Região espanhola de Valência sofre com caos e devastação após inundações; número de mortos chega a 158


Desastre surpreendeu a população na última terça-feira (29), quando uma enxurrada de lama e água avançou rapidamente pela cidade, afetando tanto estruturas residenciais quanto vias públicas

JOSE JORDAN/AFPDestroços de carros e escombros estão empilhados nas ruas de Paiporta
Destroços de carros e escombros estão empilhados nas ruas de Paiporta

As recentes inundações no leste da Espanha devastaram a cidade de Paiporta, situada ao sul de Valência, deixando um cenário de destruição e aumentando o número de mortos para 158, segundo serviços de emergência. O desastre surpreendeu a população na última terça-feira (29), quando uma enxurrada de lama e água avançou rapidamente pela cidade, afetando tanto estruturas residenciais quanto vias públicas. O balanço de mortos devido às inundações que afetaram principalmente o leste da Espanha aumentou para 158, informaram os serviços de emergência nesta quinta-feira (31).

Entre as vítimas estão moradores como Pepi Guerrero, que escapou por pouco da inundação. Ela descreve o cenário desolador enquanto esperava por água potável: “Estamos arrasados”, desabafa a moradora de 53 anos. O metrô, que muitos utilizavam para ir e vir, foi destruído, assim como trilhos ferroviários que agora estão pendurados nas pontes de Paiporta.

O morador Julián Loras, de 60 anos, relembra o desespero ao quase ser pego pela enxurrada enquanto passeava com o cachorro. “Se meu filho não tivesse me chamado, eu teria sido pego”, lamenta, ressaltando que os alertas de perigo demoraram a ser emitidos. Ele e outros moradores têm agora a tarefa de remover a lama que cobriu veículos e imóveis. As marcas da enchente, que chegaram a quase dois metros de altura em algumas construções, são testemunho de um evento catastrófico que destruiu comércios e imóveis na cidade. Manuel Císcar, de 76 anos, tenta limpar a garagem onde seus carros foram empilhados pela força da água. Emocionado, ele relata a perda de conhecidos na tragédia.

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O sentimento de frustração é grande entre os habitantes, que criticam a falta de alertas prévios. “Quando as notificações começaram a chegar, a água já estava na cintura”, lembra Joaquín Rigón, outro morador. Em resposta, a proteção civil da Espanha emitiu alertas subsequentes para que a população evitasse transitar pelas estradas, a fim de facilitar o trabalho das equipes de resgate. Em meio à recuperação lenta e difícil, os moradores continuam lutando para limpar ruas e reabrir comércios.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira





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