Metro Awakening VR Análise – Gamereactor
Os jogos Metro da 4A Games impressionaram com sua história pessoal e ambiente, mas acima de tudo com sua sofisticação técnica. Portanto, não é de admirar que as expectativas tenham disparado quando foi revelado que a próxima parcela da série seria uma experiência de realidade virtual. Ao contrário de outros jogos Metro, Metro Awakening é uma criação da desenvolvedora de jogos virtuais de longa data Vertigo Games, então o mundo subterrâneo da Moscou pós-guerra nuclear está em boas mãos. Ou é?
Antes dos eventos de Metro 2033, Sedar, um médico de campo que retorna de uma missão de serviço, descobre que sua esposa está sem medicação ansiolítica. Isso já causou problemas na comunidade, então, para o bem comum e para sua esposa, Sedar se propõe a encontrar mais drogas fora da rede segura, onde perigos mortais aguardam de várias formas.
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Metro Awakening não se detém muito com a história. A vida no subsolo, lutando contra mutantes e esperando pela morte, é um negócio sombrio, e se torna visível e palpável para o jogador a cada passo. Os personagens tentam encontrar esperança onde quer que possam, mas o destino cruel dos personagens garante que o jogo não deixe você se sentindo bem. Em parte por esse motivo, Awakening parece pesado de experimentar. Está escuro no subsolo o tempo todo, e até mesmo as poucas fontes de luz precisam ser reparadas ou recarregadas a cada poucos momentos para ver à frente. Ao mesmo tempo, o ar externo brilhante significa um contador Geiger crepitante e, com ele, um embaçamento dos olhos e náuseas que se desenvolvem rapidamente. O ato de equilíbrio de ser cozido vivo à luz do dia ou ser atacado por monstros nas sombras cobra seu preço.
A emocionante luta pela sobrevivência é experimentada através dos olhos do herói. Em ambientes confinados, você progride de maneira direta, seja teletransportando-se ou vagando livremente com mãos virtuais, através de uma variedade de desafios. A progressão é equilibrada entre encontros com monstros e resolução de pequenos quebra-cabeças, mas grande parte do tempo é gasto vagando por corredores vazios e construindo ruínas, o que reconhecidamente fica um pouco tedioso.
Tecnicamente, Metro Awakening é bem conservado. As mãos do personagem seguem os movimentos do controle com precisão, o que é bom, porque eles são usados para mexer nas coisas do jogo. Entre outras coisas, o jogador tem que girar válvulas para fechá-las, rolar o carregador, acionar portas e carregar armas, incluindo o manuseio dos carregadores. As ações fluem suavemente e há muito o que fazer, mas a repetição das mesmas coisas pode ser frustrante às vezes. Em particular, carregar o farol atrapalhando-se com o carregador é lógico, mas fazê-lo novamente a cada poucos minutos realmente fica irritante depois de algumas horas de jogo. Além do manuseio da arma, o tiro também foi feito o mais autêntico possível. Isso significa principalmente que não é possível atirar do quadril. Se você não mirar com precisão através do grão ou da visão, acertar alvos, especialmente os um pouco menores, é quase impossível. Mesmo no nível de dificuldade mais fácil, isso representa um desafio diante de um enxame de inimigos com várias cabeças. Embora eu aprecie o realismo nos jogos tanto quanto nos filmes, jogo em parte por escapismo e entretenimento. A vida real, pelo menos quando jogada, é lenta e, em última análise, chata.
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A aparência visual do jogo está no local. Há muitos detalhes para animar o ambiente, fazendo com que o subsolo de Moscou pareça atmosférico. Embora as luzes sejam habilmente usadas como parte do jogo, o mundo é irritantemente escuro. A constante perambulação no escuro e a passagem pela morte são entorpecentes, mesmo que os cadáveres e monstros que você encontra pareçam legais. A animação é bem feita, então todos os movimentos das mãos parecem críveis. O jogo roda sem problemas no PlayStation 5 sem lacunas de carregamento perceptíveis, mas a náusea é autoexplicativa após menos de uma hora de roaming livre. Com o teletransporte, por outro lado, é uma luta manter-se em combate, por isso é uma escolha difícil.
A paisagem sonora do jogo é polida. Os efeitos são críveis e variados para manter o clima vivo. Tensão e sustos são criados com sucesso pelos vários chocalhos e assobios emitidos pelas ruínas do submundo e pelos gritos repugnantemente críveis dos monstros. A trilha sonora tem um cansaço genuíno e melancolia provocados pela dureza da vida e os personagens têm uma rudeza russa crível, que é apropriada para o mundo apresentado. A música sombria e suave, é de alta qualidade, mas minimalista, mantendo o clima pesado e melancólico, para que a atmosfera não se torne muito leve.
Metro Awakening é um caso um pouco estranho. As expectativas e o entusiasmo pelo jogo eram altos e, tecnicamente, tudo está como deveria ser. Os gráficos são espetaculares, a jogabilidade suave e o mundo interessante, mas ainda há algo de errado nisso. A experiência de jogo sombria e sombria rapidamente cobra seu preço, especialmente quando a náusea física está presente por toda parte. Embora você possa fazer muitas coisas com mãos virtuais, a experiência parece um tanto falsa quando virtual: como jogar um jogo FPS normal com manípulos virtuais. Além disso, andar muito tempo em corredores vazios e brincar em ambientes mortos torna-se tedioso. Estranhamente, os humores não combinavam com o jogo que experimentei, e a experiência geral me deixou vazio.
