Trump 2.0: Veja quais são os nomes cotados para os principais cargos do próximo governo dos EUA
Lista inclui autoridades da defesa, inteligência, diplomacia, comércio, imigração e políticas econômicas. Até o momento, presidente eleito anunciou somente Susie Wiles como chefe de Gabinete. Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos.
Carlos Barria/Reuters
O presidente eleito Donald Trump já iniciou o processo de escolha de secretários e outros funcionários de alto escalão para o próximo governo dos Estados Unidos. O republicano derrotou a democrata Kamala Harris nas eleições de terça-feira (5).
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Até agora, Trump anunciou somente quem será sua próxima chefe de Gabinete. O presidente eleito optou por Susie Wiles, que é considerada uma das principais arquitetas da vitória do republicano nas eleições presidenciais.
A imprensa norte-americana acredita que Trump escolherá pessoas fiéis a ele. Entre os cotados estão senadores, congressistas e aliados que estiveram em cargos no primeiro mandato do republicano.
Alguns, no entanto, podem enfrentar certa resistência dentro de alas do Partido Republicano, por fatores que vão desde posturas mais liberais na economia global até o apoio à ajuda militar para a Ucrânia.
Confira, a seguir, quem são os principais candidatos para os cargos mais importantes do governo americano. A lista inclui autoridades da defesa, inteligência, diplomacia, comércio, imigração e políticas econômicas. Alguns dos nomes são cotados para cargos diferentes.
Secretário de Estado
Robert O’Brien durante reunião com o então presidente Jair Bolsonaro
Marcos Corrêa/PR
Um dos principais nomes para o cargo é o do ex-conselheiro de Segurança Nacional Robert O’Brien. Ele trabalhou com Trump no primeiro mandato do republicano e mantém uma relação próxima com o presidente eleito.
Nos últimos anos, O’Brien manteve contato com líderes estrangeiros e chegou a se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em maio.
As opiniões dele são um pouco mais agressivas do que as de alguns conselheiros de Trump. Ele, por exemplo, tem sido mais favorável à ajuda militar à Ucrânia e é um defensor da proibição do TikTok nos Estados Unidos.
Além dele, também estão na disputa:
Marco Rubio: senador pela Flórida e candidato presidencial republicano de 2016, Rubio é um dos principais candidatos ao cargo. Também chegou a ser cotado para concorrer como vice-presidente.
Bill Hagerty: senador pelo Tennessee e ex-embaixador no Japão, Hagerty é outro forte candidato. Ele mantém boas relações em todas as alas do Partido Republicano. No início do ano, votou contra um grande pacote de ajuda militar à Ucrânia.
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Defesa
O ex-secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo
Jacquelyn Martin/Pool/Reuters
Mike Pompeo, que trabalhou como secretário de Estado no primeiro mandato de Trump, é o favorito para assumir a Secretaria da Defesa.
Pompeo, que também já foi diretor da CIA, ainda é cotado para outros cargos relacionados à segurança nacional, inteligência ou diplomacia. Ele e Trump passaram um período afastados, mas voltaram a se aproximar nos últimos meses.
O ex-secretário de Estado se destaca como um dos maiores defensores da Ucrânia entre os aliados próximos de Trump. Isso o coloca em desacordo com a maioria das figuras de alto escalão no entorno republicano.
Também disputa o cargo:
Mike Waltz: ex-integrante do Exército e congressista pela Flórida, Waltz se tornou um forte crítico da China dentro da Câmara dos Representantes.
Segurança Nacional
Richard Grenell enquanto embaixador americano na Alemanha
Michael Sohn, file/AP Photo
Entre os conselheiros mais próximos de Trump para política externa, Richard Grenell pode ser indicado para o comando Segurança Nacional — um cargo que não precisa de autorização do Senado para nomeação. Ele também é um forte candidato ao cargo de secretário de Estado.
Durante o primeiro mandato de Trump, Grenell serviu como diretor interino de inteligência nacional e embaixador dos EUA na Alemanha. Neste ano, quando o republicano se encontrou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ele participou da reunião privada.
Além disso, o ex-funcionário da Câmara Kash Patel é cotado para um cargo dentro da secretaria. Ele já trabalhou como conselheiro em defesa e inteligência e é fiel a Trump.
Outro cotado para um cargo na secretaria é o general aposentado Keith Kellogg. Ele é ex-chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional e tem um plano para encerrar a guerra na Ucrânia, incluindo a recusa do país na Otan.
Segurança Interna
Tom Homan em setembro de 2019
REUTERS/Jonathan Ernst
Um dos favoritos ao cargo é Tom Homan, ex-diretor interino da Imigração e Alfândega no primeiro mandato de Trump. O combate à imigração ilegal foi o elemento central da campanha republicana, incluindo a promessa de deportações em massa.
Trump elogiou Homan frequentemente durante a campanha. No primeiro mandato do republicano, ele foi um dos principais defensores da controversa política da separação de crianças de famílias que entraram ilegalmente no país.
Também estão na disputa:
Chad Wolf: ex-secretário interino do Departamento de Segurança Interna, Wolf é leal às políticas de Trump. Ele renunciou ao cargo poucos dias após a invasão ao capitólio, em janeiro de 2021.
Mark Green: ex-cirurgião de voo do Exército e atual presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara. Ele chegou a ser nomeado por Trump como secretário do Exército, mas renunciou após controvérsias envolvendo falas transfóbicas e islamofóbicas.
Tesouro
Scott Bessent durante evento de campanha de Trump, em agosto de 2024
REUTERS/Jonathan Drake
Scott Bessent, que atua como um importante conselheiro econômico de Trump, é visto como um dos principais candidatos para secretário do Tesouro. Investidor de longa data e professor por vários anos na Universidade Yale, ele tem uma boa relação com o presidente eleito.
Embora Bessent tenha sido um defensor das políticas de liberais populares no Partido Republicano antes de Trump, ele também elogiou o uso de tarifas como uma ferramenta de negociação.
O investidor também vê com bons olhos a filosofia econômica do presidente eleito, que se baseia em uma postura cética em relação às regulamentações e ao comércio internacional.
Além dele, outras pessoas são cotadas para o cargo:
John Paulson: bilionário e um dos principais doadores para a campanha Trump. Ele apoia tarifas para combater práticas comerciais injustas no exterior.
Larry Kudlow: comentarista de uma emissora de TV voltada para negócios e ex-diretor do Conselho Econômico Nacional durante o primeiro mandato de Trump.
Robert Lightizer: trabalhou como representante comercial dos Estados Unidos no primeiro mantado de Trump. Teve um papel central na guerra comercial com a China e na renegociação do acordo de livre comércio com México e Canadá.
Howard Lutnick: copresidente da equipe de transição de Trump, em 2016, e CEO de uma empresa de serviços financeiros.
Procuradoria-Geral
O senador republicano Mike Lee
Susan Walsh/AP
Mike Lee, senador por Utah, é um dos principais candidatos ao cargo é um fiel aliado de Trump. Embora tenha se recusado a votar no republicano durante a eleição de 2016, ele mais tarde se tornou um aliado inabalável do presidente eleito.
Ele foi uma figura-chave nas tentativas de Trump e seus aliados de reverter sua derrota na eleição de 2020 para Joe Biden e espalhou teorias da conspiração infundadas sobre o ataque ao Capitólio.
Também está na disputa:
John Ratcliffe: ex-congressista e ex-diretor de inteligência nacional, Ratcliffe é visto como um candidato potencial que conseguiria aprovação do Senado. No primeiro mandato de Trump, foi acusado pelos democratas de ter politizado o cargo.
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