VÍDEO – Wagner Moura detona Bolsonaro em Cannes: “Atacou artistas”

O ator Wagner Moura e toda a equipe de “O Agente Secreto”, o novo filme de Kleber Mendonça Filho (Bacurau), participaram de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), no Festival de Cannes.

Ao comentar sobre o contexto histórico de “O Agente Secreto”, Wagner Moura fez um paralelo entre a ditadura brasileira (1964–85) e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual Moura classificou como “autoritário”.

“Em momentos distópicos você vê que as pessoas diferentes se unem. Eu me aproximei do Kleber [Mendonça Filho]… nossa aproximação começa menos pela arte e mais pela política. Uma época [governo Bolsonaro] em que os brasileiros viveram um período difícil, com características autoritárias, em que notadamente a academia, as universidades, a imprensa, os artistas foram atacados”, iniciou Wagner Moura.

Em seguida, o ator explica que foi no contexto de ataques e perseguição do governo Bolsonaro que ele e o diretor Kleber Mendonça Filho se aproximaram. “Nós nos conectamos nesse lugar de como é que a gente pode, como coletividade, como artistas, como é que a gente pode se posicionar, como é que pode ajudar um ao outro, como é que a gente pode dar uma resposta a essa situação”, concluiu.

“O Agente Secreto” é aclamado no Festival de Cannes 

O novo filme de Kleber Mendonça Filho (Bacurau), “O Agente Secreto”, fez sua estreia mundial neste domingo (18) no Festival de Cannes. Antes da sessão, Mendonça promoveu um verdadeiro carnaval recifense no tapete vermelho do evento.

Do que trata “O Agente Secreto?” Protagonizado por Wagner Moura, o longa acompanha o professor Marcelo, especialista em tecnologia que, no ano de 1977, decide fugir de seu passado violento e misterioso, mudando-se de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida.

Marcelo chega à capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditava que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.

Após a exibição de “O Agente Secreto”, que concorre à Palma de Ouro do Festival de Cannes, um dos principais prêmios do cinema ao lado do Oscar, o longa-metragem foi aplaudido por mais de 10 minutos e ovacionado pela crítica estrangeira.

Para a revista Variety, o novo filme de Kleber Mendonça Filho “é um fantástico thriller dos anos 70, no qual Wagner Moura está marcado para morrer”.

Já a revista Deadline faz uma leve comparação de O Agente Secreto com Ainda Estou Aqui. No entanto, salienta que, enquanto o primeiro é contido, o filme de Mendonça “é um thriller tenso e violento”.

Quem também saudou o novo filme de Kleber Mendonça foi o presidente Lula:

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